segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

William Moulton Marston, o homem da minha vida!

Enfim, um homem que soube reconhecer o quanto somos maravilhosas!

Bom dia, crianças!

Minha intenção era escrever sobre as super mulheres, aqueles estereótipos femininos que a mídia nos empurra goela abaixo cujas principais características consistem em, basicamente, ter uma bunda grande e uma extensa lista de casamentos e conquistas bem cotadas no disputado mercado sentimental da fama. E com elas, claro, os fazendeiros de bunda, aqueles olheiros que detém invejáveis castings de beldades que saem do anonimato ao estrelato instantaneamente graças ao seu poder de articulação no meio artístico e publicitário.

A idéia era contrapor esse modelo midiático, repetitivamente exposto como o ideal, com o modelo real de Super Mulher, aquela que sai de casa às 5 da manhã enfrentando o precário sistema de transporte público para atravessar a cidade, chegar no emprego na hora certa, voltar extenuada e ainda encarar duplas, trilhas e quádrulhas jornadas de trabalho, tudo para sustentar com poucos recursos e muita dignidade a família que a aguarda.

Partindo deste ponto resolvi pesquisar sobre a Mulher Maravilha, personagem das histórias em quadrinhos americana conhecida por sua invencibilidade e charme e ver se sua origem correspondia às minhas suspeitas de que era mais um modelo criado por outro homem que não entendia nada sobre nós.

Bom, era mesmo um homem. Mas qual não foi minha surpresa ao me deparar com este nome: Dr. William Moulton Marston, psicólogo americano inventor do polígrafo e primeiro a idealizar a personagem de uma heroína que exercesse o poder com amor. O curioso é que a invenção do famoso aparelho detector de mentiras foi fundamental para o surgimento da personagem, já que durante os testes o Dr. Marston confirmou que as mulheres eram mais honestas e confiáveis do que os homens (minha antepassada do tempo das cavernas já sabia disso) e com base nessas verdades absolutas e incontestáveis, ele pode construir a personagem reunindo virtudes que corroboravam com a idéia de um novo tipo de mulher que pode governar o mundo e que tem potencial não apenas para igualar-se aos homens, mas de ser superior a eles em muitos aspectos. Cuecas de plantão, não adianta estrebuchar, foi Dr. Marston que disse isso!

Como nem tudo é perfeito e mesmo estando perdidamente apaixonada pelo sujeito, tenho que dizer que o psicólogo tinha sua carga de cafajestice e concebeu a Mulher Maravilha inspirado e influenciado por duas mulheres: Elizabeth Marston (a legítima) e Olive Byrne (sua filial). Mas há de se dar um desconto, afinal, um homem que reconhece nossa soberania, superioridade e ainda nos retrata com super poderes tinha mesmo que ser um partido disputadíssimo, vamos combinar!

Então, rendo minhas homenagens a esse ser de luz que veio ao mundo com a missão de nos encorajar a disputar nosso lugar ao sol de cabeça erguida. Só não vale se estressar com o marido, amarrar uma faixa na cabeça e sair rodando desesperadamente como mãe de santa entoada. Deixa esses detalhes cômicos para os quadrinhos, tá, sua louca! Mas não se envergonhe de repetir que você, mulher sincera, batalhadora, amorosa e poderosa é o alter ego desta heroína tão merecidamente concebida para conferir muito mais charme ao mundo dos quadrinhos.

Beijos poderosos!

2 comentários:

Fala aí, cunhã!