sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Retrospectiva 2010

Senta que lá vem a história!
Tô aqui em frente à TV assistindo ao Show da Virada e tentando distinguir pra que lado o Luan Santana está olhando: pro gato ou pro peixe? Já provei o Strogonoff da mamãe (temperado por meia hora de lamentações da cozinheira), fiz um monte de sacanagens (calma, são aqueles espetinhos de salsicha, queijo e azeitona), mandei algumas mensagens demagogas pra galera (isso até meus créditos acabarem) e tomei umas Schins quentes que me renderam uma bela dor de cabeça.
Diante de tamanha grandeza, embalado ao som dos Aviões do Forró (êta, êta, a mulherada beba, êta, êta...), o sentimento de reflexão surgiu automaticamente em meu âmago, despertando a necessidade de realizar um retrospecto deste ano que daqui a menos de uma hora será um reles "ano passado”.
Dividi minha reflexão em tópicos, que apresento com vocês:
Finanças
Comprei 2.156 vestidos (que depois de usados pela primeira vez, de repente perderam o encanto e foram parar no fundo do guarda-roupa) o que me rendeu uma dívida astronômica obrigando a parcelar as faturas de pelo menos 3 cartões de crédito. Bem feito! Só não vou prometer que ano que vem isso não se repetirá porque, para ser sincera, já estou pensando nas tradicionais liquidações de janeiro. Fazer o que?
Amor
Este ano foi marcado por uma situação meio iô-iô. Eu e meu cacho ficamos num tremendo vai e vem (o que, no amor, é um movimento natural). Neste instante ele está no “vai” (a quilômetros de distância), mas está presente em nossos corações (que cafona!). Não sei o que vai ser em 2011, só sei que já roubei a chave da casa dele e pretendo me instalar por lá pelo menos até segunda-feira, assim economizo um monte de passagens do Circular. E enquanto o “namorido” está fora vou aproveitar pra fazer uma farra com as garotas (iu-hu!).
Trabalho
Nossa! Esse foi pancada! Ano eleitoral e trabalhei meses na parte administrativa da campanha. Foi dureza! Mas confesso que nunca me senti tão produtiva. E embora, em determinados momentos, sentisse uma vontade louca de me internar espontaneamente no Myra e Lopez (antes de cometer um “patrãocídio"), foi uma experiência que valeu a pena. Pelo menos no sentido de jamais repeti-la novamente!
Carreira
Depois de quase 15 anos sem pegar num caderno, criei vergonha na cara e me inscrevi no vestibular. Os reveses desta experiência vocês acompanharam aqui no blog e estão imortalizados para a posteridade. O próximo passo é chegar causando no primeiro dia de aula, controlar a língua pra evitar falar mais que o professor e colocar um aparelho nos dentes pra desentortar esses caninos pavorosos. Já pensou, uma “cabra velha” de 30 anos usando aparelho? Tô nem aí! Já escolhi até a cor das primeiras liguinhas: rosa! Afinal, se é pra ser ridícula, que seja logo pra valer!
Amizades
Perdi umas, fui caluniada, ludibriada, esculhambada e injustiçada. Mas não se cresce como mulher sem antes sofrer a dor da difamação. Por outro lado, ganhei e redescobri outras que me fizeram recuperar a esperança na humanidade. E o coração está aberto para novas amizades. Tamos aí, mano!
Esperanças
Para 2011 espero ganhar uma porrada de prêmios, incluindo um carro. Também quero pedir ao Papai do céu muita paciência e que ele reconsidere a questão de acabar o mundo em 2012, porque morrer sem conseguir me formar, é de lascar! Quero que eu e meu iô-iô acabemos logo com essa confusão e encontremos um jeito, mesmo que não convencional, de dar certo. Manter o peso é outra meta fundamental (de preferência, perder mais uns 3 quilos) e continuar ganhando dinheirinho pra pagar a manutenção da minha escova inteligente, da depilação do buço e da sobrancelha. Afinal, no frescor dos 20 anos todas essas questões eram dispensáveis. Mas agora são vitais!
No mais, adoro esse clima de abraçar o povo que você detesta e fazer as pazes com Deus e o mundo. É uma ótima desculpa pra resolver as pendengas sem perder a pose. Então, gata, se joga na Cidra pensando que é Prosceco que o que importa mesmo, como sempre digo, é ser feliz!
Feliz Ano Novo, cunhãs de todo Brasil!

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Lembranças de um amigo que se foi...

Pai, amigo, confidente: lembranças que guardarei eternamente!

Ontem, dia 29 de Dezembro de 2010 seria o aniversário de 68 anos do melhor amigo que tive: meu pai.

Sr. Luciano Benevides, vulgo Sivuca ou Papai Noel por causa da pele rosada, cabeça e barbas brancas que clarearam precocemente, dando a impressão que de ele já nascera daquele jeito, afinal, aquela imagem tenho na memória desde que me entendo por gente.

Minha relação social com o mundo nunca foi muito convencional. Marido, professores, patrões, colegas e é claro, também com a família, nunca seguiram um padrão de comportamento típico da maioria.

Com “Seu Luciano” não foi diferente. Nosso relacionamento pai e filha passou por muitos altos e baixos comuns aos demais, mas outras situações foram totalmente atípicas.

Às vezes, eu parecia mãe dele. Em outras, agíamos como amigos, confidentes e até colegas de farra. Pode parecer meio grotesco, mas dividiu comigo segredos em mesas de bar quando eu não passava de uma adolescente. E embora isso tenha provocado choque nas pessoas, nunca afetou minha índole. Fiz na vida o que quis, provei o sabor agridoce da liberdade, com todos os seus prazeres e consequências, mas sempre me norteei pelos valores da autenticidade e coragem, reflexo da personalidade ímpar do meu pai.

Ele era um ingênuo, um boêmio. Um filósofo infante, com uma mente imaginativa e de uma racionalidade louca que no final, fazia todo sentido. Altamente tolerante, livre de preconceitos (a não ser quando algum rapaz se aproximava da filhinha, nessas horas virava um machista incorrigível), um coração puro que acreditava em todos e até aos quase 60 anos batia no compasso de um menino. Cuca fresca, engraçado, ria e fazia rir. Assim era meu pai.

Partiu muito cedo, aos 59 anos, vítima de cirrose. Carrego a culpa de ter sido tão impaciente com ele. Sua complacência diante do mundo foi adotada também diante do vício e da doença que tanto o maltratou. Justificava suas crises com todo tipo de desculpa, menos o álcool. E contava os dias para receber alta e comemorar com uma dose de branquinha com limão. Eu ficava possessa!

Talvez se naquele momento soubesse que não tivesse mais jeito, eu mesma tivesse tirado-o do leito para curtirmos uma noite de canção e boemia.  Nem que fosse a última. Ou tivesse simplesmente transposto nossa muralha de aparente frieza (nunca fomos muito carinhosos) e deitado ao seu lado, abraçado seu peito e beijado sua careca.

Meu Papai Noel”, como você escreveu no meu presente de Natal no ano que descobri quem era na verdade o bom velhinho, onde quer que esteja quero que saiba que mesmo de um jeito torto, eu o amo demais. Aprendi muito com sua firmeza, sua disposição para o trabalho, sua coragem e jeito diferente de pensar. Nossa ligação sempre foi muito forte e acredito que persista até hoje. Não duvido que esteja comigo comemorando minhas conquistas e recriminando minhas falhas. Mas sei que, mesmo errada, me defenderia de qualquer um ainda que diante de mim fosse duro e crítico.

Sei que nos reencontraremos um dia (mas não tenho pressa, viu) e vamos dar aquele abraço que nunca demos. Finalmente permitirei que me aninhe em seus braços e seja o pai convencional que talvez sempre tenha tentado ser, que me ponha no colo e dê broncas sem ser questionado pela filha independente e difícil que colocou no mundo. Feliz Aniversário, Papai!

Da sua “fofoleti”!

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

A Monotonia da Perfeição!

Acredite: tecnicamente estes olhos são um "defeito de fábrica"!
O problema das pessoas que não tem defeitos é que, com certeza, tem virtudes terríveis!

Comecei o post com essa célebre frase da diva Elizabeth Taylor, conhecida não apenas pelos olhos azul violeta como também pelo extenso currículo amoroso que inclui 8 casamentos. A afirmação reflete o tédio e o desprezo que a atriz tem pela dita PERFEIÇÃO, ou pela busca incessante dela.

Um fator curioso é que a cor dos famosos olhos de Taylor, que em muito contribuíram para alçá-la à fama, é resultado de um... DEFEITO GENÉTICO! Isso mesmo. Uma “anomalia” que produz essa rara tonalidade de íris. Interessante como a concepção de certos conceitos pode ser subjetiva. Uma falha pode ser tão maravilhosa a ponto de encantar, atrair, despertar inveja e admiração (e ainda no caso da Beth, gerar um ótimo lucro). Eu, pelo menos, adoraria ter nascido com esse “defeitinho”!

Lembrei também de uma anedota que meu pai costumava contar de um rapaz muito bonito, de boa família, rico e disputado pelas jovens da cidade que começou a namorar uma garota que mancava de uma perna. Os amigos e familiares intrigados pela exótica escolha, o questionavam sobre o que havia visto na moça sem, no entanto, tocar no ponto da deficiência (já que era óbvia). Depois de muito tempo ele confidenciou para um dos companheiros mais chegados: “Rapaz, vou te contar. Ela pode não ser tão bonita, rica ou inteligente. Mas ela tem um jeitinho na perna que eu adoro!”. Eu sempre ria dessa estória porque onde todos viam um defeito, ele enxergava o maior atrativo da figura.

O curioso é que, nos relacionamentos, a medida que estes avançam nos pegamos tentando mudar a si e ao outro. Aspectos que antes achávamos charmosos e atraentes de repente viram defeitos insuportáveis, entrando em cena nosso jeitão controlador que nos torna criaturas chatas e implicantes. E isso não é só com o parceiro não, é com a gente também.

Vejo amigas sofrendo por obrigar-se a ser a melhor mãe, a funcionária mais aplicada, a esposa prestimosa (é o novo!) e sempre atraente, ao passo que seus companheiros demonstram uma leveza muito maior na forma de encarar a vida. Sabe aquela coisa de homem que esquece um dia de trabalho tomando uns aperitivos com os amigos e falando abobrinha? Pois é! A gente não consegue ser assim. E por mais que justifique dizendo ser dedicada e aplicada, no final acaba levando nome de cri-cri.

Procurar se melhorar a cada dia é ótimo, afinal, todos somos movidos por desafios. Mas tentar ser o que não somos, não perdoar falhas, viver fazendo comparações e buscando ideais impossíveis torna a vida sufocante demais. Perfeição é uma utopia, além de ser uma tremenda chatice.

Quer meu conselho? Siga a lição de Elizabeth Taylor. Não, não estou dizendo que precisa bater o recorde da Gretchen do norte e colecionar maridos (a não ser que estes venham com pensões milionárias). Mas quando se pegar tentando dar uma de mulher biônica só para sair dizendo pra Deus e o mundo o quanto é especial, lembre-se que no mínimo vão estar te chamando de bruxa irritante pelas costas. Relaxe e compreenda que toda mulher é um paradoxo e até letra de música já fizeram pra isso: “Complicada e perfeitinha”, é isso que nos torna misteriosas, sedutoras e imprevisíveis!

Beijos tortos!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

A vida como ela é!

Cena do filme "E o Vento Levou": o desespero nos leva a atitudes extremas!
Hoje, depois de jurar para todos os santos que não compraria mais nada durante pelo menos 1 mês, eis que vejo diante dos meus olhos um saldão nas Lojas Americanas e não resisto à promoção de filmes, do tipo, leve 2 pague 1.

O lado bom é que não sou católica, portanto, nada de castigo divino ou morte na fogueira (até porque suponho que isso já me aconteceu na reencarnação passada, pois não aguento ver um fósforo aceso). Além disso, estou contribuindo para a receita e o fisco e para cada DVD original adquirido, livrei-me da culpa por uma dezena de piratas empilhados na estante. É o que sempre digo: "dai a César o que é de César".

Uma das aquisições foi o melhor filme da história, o mais incrível e exagerado dramalhão novelesco de todos os tempos: ...E o Vento Levou!

Sou fã incondicional da Scarlet Ohara (interpretada por Vivien Leigh), com aqueles hipnóticos olhos, a língua ferina e a postura atrevida. Isso numa época remota em que mulher só servia para ser Amélia. Ela é minha ídola da 7ªarte.

E uma das perólas dessa personagem é aquela frase que reflete o lado "Jogos Mortais" do ser humano. A coitada, suja e maltrapilha, depois de cavar com as mãos um punhado de terra dura e seca, acha uma raiz de qualquer coisa e devora feito uma esfomeada. Diante de tão grotesca situação, ela levanta-se humilhada pela própria imagem e diz com olhos marejados:

"Nem que precise matar, roubar, mentir ou trair, juro que jamais sentirei fome novamente".

O restante do filme vocês podem até imaginar. A criatura sai matando e cada ação é friamente calculada para render-lhe um benefício imediato ou futuro e isso inclui atitudes nada ortodoxas.

Embora tenha seus exageros o comportamento da ex-mimada Scarlet é a confirmação daquela célebre frase: A Vida imita a arte! Ou vice-versa, dá na mesma.

O ser humano, quando submetido a sofrimentos ou perdas extremas desenvolve mecanismos de defesa que ativam os instintos animalescos de sobrevivência. O grau necessário para despertar esses mecanismos é muito subjetivo. Eu, pelo menos, só preciso ver uma cadeira vazia no ônibus pra sair atropelando Deus e o mundo. Não me critiquem. Quem já pegou o Paranjana numa segunda-feira 7 horas da manhã entende o que quero dizer.

Como estou a tempos trabalhando minha visão "meio copo cheio" diante da vida, enxergo uma coisa boa nisso tudo. Essa compreensão me ajuda a aceitar mais as pessoas e ser menos dura com elas. Como aquela música "Epitáfio", dosTitãs: "Queria ter aceitado as pessoas como elas são, cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração". É a mais pura verdade. Não adianta tentar justificar e pesar os motivos para alguém ter feito isso ou aquilo. O que parece estúpido e banal para uns, pode ser vital para outros. Vai entender!

A Scarlet teve tudo na vida e de repente decaiu. Presisou amadurecer décadas em questão de dias. E a coragem garantiu sua subsistência. É a Lei do Oeste. Sorte a dela que teve força para passar por cima das dificuldades e engendrar técnicas para atingir seus objetivos. Como diria minha avó, que detestava destacar os defeitos alheios, até o Diabo tem uma qualidade: Quem dera fôssemos tão persistentes quanto ele!

Xêro no olho!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Presenteie-se neste Natal!

Reconcilie-se com seu coração!

Jingle Bell para todos!

Mulher é fogo, mesmo! A gente simplesmente A-DO-RA uma desculpa para comprar. E Natal, com todo aquele espírito de união, solidariedade e desprendimento que nos leva a torrar cartões de crédito sem medo de ser feliz, é a época ideal para dar o empurrãozinho que faltava para decretar falência. Não se preocupe, é um sentimento universal que une povos em todos os recônditos do planeta.

É presentinho para o namorado, lembrancinha para a sogra, uma caixa de chocolates bem calórica para aquela amiga magérrima, enfim, tem sempre alguém necessitando de nossa atenção em forma de um pacote luminoso e atraente.

Eu, é lógico, aproveitei essa deixa para passar tardes inteiras no shopping e ainda sentar no colo do Papai Noel (que na minha impressão, gostou mais do que deveria). E para cada agrado adquirido para outrem, adicionei um para mim também. Parecia aquela música do Luis Gonzaga: “uma pra mim, uma pra tu, uma pra mim, outra pra mim!”

Mas decidi fazer algo diferente esse ano e presentear eu mesma com algo que o dinheiro não compra (nem o Master Card). Foi um ano difícil, de escolhas, de reflexões, de descobrimento pessoal. E junto com essas mudanças e dificuldades vem aquele incômodo sentimento de culpa que atinge 11 em cada 10 mulheres, nos levando muitas vezes a acreditar que não somos quem deveríamos ser.

Nessas horas, abrimos nossos ouvidos e corações para as cobranças externas e, como se não fosse suficiente, para as internas também. Recapitulamos páginas em que agimos de forma HUMANA, isso é, com um pensamento mais egoísta, pensando primeiro na gente, e ficamos nos martirizando por achar que deveria ter sido diferente.

Acontece que tá todo mundo nessa também. E enquanto você se cobra a perfeição tem milhares de pessoas vivendo suas vidas e atropelando os outros sem dó nem piedade, e depois saem de cabeça erguida, ligando o botão “autoclean” e deletando instantaneamente qualquer resquício de remorso.

Não digo que temos de ser assim. Mas também não precisamos ter vocação para Madre Tereza e preferir nos colocar no lugar do coitado para poupá-lo de sofrimentos, muitas vezes necessários e edificantes para a formação de cada um, e querer trazer o problema alheio para nossas costas.

Portanto, nessa atmosfera de festa, lembre-se dos valores de amor, perdão e compreensão pregados pelo protagonista desta data, Jesus Cristo, e aplique-os a alguém muito especial: você! Garanto que a medida do amor que dedica a si é aquela que será doada ao próximo. Ame-se, perdoe-se, aceite-se primeiro e depois reflita naturalmente essa confiança e afeto aos que te rodeiam. Pode ter certeza que você vai ficar bem menos chata e implicante, viu. Feliz Natal, cunhã!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Aprender a virar a página (ou a reescrevê-la)

As coisas podem ser bem mais simples do que parecem!
Nós, mulheres, geralmente temos uma mania de nos apegarmos a detalhes. E essa característica tem seus pólos positivos e negativos, como tudo na vida.

O lado bom é que isso nos torna mais caprichosas, atentas, criativas e sábias. Mas o lado negro da força está na ansiedade ou sofrimento gerado por essa visão nanoscópica dos fatos.

Os homens, seres simples e dotados de uma constituição básica (mais ou menos como as amebas) enxergam as coisas de uma forma geral, numa visão bem prática e objetiva que os tornam aquelas criaturas irritantes que em meio a uma discussão crucial para o destino da humanidade olham para você (depois de ouvir uma chuva de impropérios e questionamentos vitais) e respondem calmamente: “Mas amor, o que tem de mais eu ter esquecido o aniversário do 3º parto do seu poodle de estimação?”.

No entanto, mesmo admitindo que esse descaso pragmatismo seja a razão de termos TPM’s tão severas (para as minhas, o médico já chegou a receitar um exorcismo), ele tem, bem, como posso dizer... uma vantagem (duras palavras a serem pronunciadas pela minha boca).

Os homens conseguem sofrer, não diria que numa intensidade menor, mas num espaço de tempo bem mais reduzido. Por exemplo, numa separação o cara pode até roer o próprio cotovelo enquanto bebe cachaça com cianureto, mas muitas vezes já no dia seguinte (mesmo sem o fígado) ele se atraca com a primeira baranga que aparece no caminho e vai cuidar da própria vida sem grandes lamentações.

Já a mulher (pelo menos a maior parte delas), com sua psicose pelo botão replay, fica rememorando cada palavra dita, cada pequena ação durante muito tempo. Enfim, faz questão de manter e alimentar tudo que a possa martirizar por muitos e muitos anos (talvez por toda a vida), rendendo-lhe uma penca de rugas na cara e uma conta astronômica no psicanalista.

Parece que em certos momentos de vazio e solidão fazemos questão de nos apegar a recordações dolorosas porque são mais intensas e nos dão a falsa ilusão de manter vivo um sentimento que há muito deve ter morrido, ou pelo menos se transformado.

Acontece que essa ilusão distorce as expectativas e atrapalha nossa caminhada. Por isso, é preciso aprender a virar a página. Se for mais psicopata, queime, rasgue, enfim, faça qualquer coisa, mas faça. E se optar por dar uma segunda chance (o que não é nenhum crime, desde que sinta que valha a pena), apreenda a reescrevê-la começando do zero e apagando manchas que borram sua escrita.

Não é um exercício fácil. Exige renúncia, disciplina e sangue de barata. Mas, cunhã, se isso servir para economizar o seu Renew Ultimate, se joga sem medo e vai aprender a única coisa que preste que os homens tem a nos ensinar: a simplificar!

Beijocas!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

De repente 30!

Bom dia, caros leitores e amigos!

Ontem foi meu niver de comemoração dos 30 anos. Na verdade o termo “comemoração” é um eufemismo para poupar-me de constrangimentos e tapear a vontade de tomar um porre daqueles e chorar as pitangas.

Claro que para não fazer feio recorri a alguns truques típicos de toda mulher que quer amenizar as marcas do tempo e ainda posar de despretensiosa diante dos elogios: “Eu, mais jovem? Imagina, tô uma pelanca só!”

Catei uma roupa da minha irmã mais nova, coloquei um modelador babado, dupliquei o arsenal de maquiagem, clareei as madeixas, botei um óculos esporte enorme pra esconder os pés de galinha e finalizei com uma flor no cabelo bem no estilo “Rosa Palmeirão”. E olhe que deu certo, pois o que tinha de louco perguntando se eu estava completando 20 anos, vou te contar!

A festa foi muito maneira, com direito a cerveja no rodo e quitutes deliciosos que nem eu, uma quase anoréxica, me privei de experimentar. De quebra obriguei os convidados a aturarem horas de músicas da Lady Gaga, Eminen, Akon, Shakira e coisas do tipo. Isso até meu patrão chegar e solicitar um repertório brega que, lógico, passei a adorar, afinal, chefe é sempre chefe mesmo quando a estrela da festa é você!

E para não dar uma de ingrata e garantir o apoio para a festa do ano que vem, vou abrir um espaço para homenagear os amigos que colaboraram com a estrutura da comemoração. Sim, porque se dependesse do meu orçamento no máximo iria rolar um litro de kissuki de uva com maria maluca. Então lá vai:

Carla e Juvenal – Casal tudo de bom que me cedeu toda a estrutura de seu sítio belíssimo e aturou o povo com um sorriso no rosto e uma latinha na mão.
Nilda – A mestre cuca que fez uma feijoada que vai entrar para a história.
Nice e Rosa – Que deram aquele apoio na hora de servir e repor os comes e bebes.
Junior Bill – Amigo leal para todas as horas que fez às vezes de cozinheiro, motorista, consultor técnico, astronauta e seja mais lá o que for possível inventar. É o Magaiver do Jereissati.
Bil e Luciano – Meus irmãozinhos lindos e gatos que doaram centenas de cervejas (isso para os convidados, porque todo mundo sabe que eu detesto cerveja).
Valdenir - Meu gato que doou o bolo, que ao final foi destruído na minha cara.
Sophia - Bebê prodígio que encantou a galera com sua fofura e sons indecifráveis.
E lógico, todos os demais convidados que me fizeram sentir a última bolacha do pacote: Lidiane, Angélica, Gleisson, Michel, Jorge, Cacá, Maurício, Fafi, Célia, Itamar, Ricardo, Raimunda, Rafaela, Fabiana, Sueli, Negão, Valderi, João Paulo, Fran (uma monstra que Deus colocou na vida pra me dar uma força quando mais precisei), Mamãe, Teté, Bia, Letícia, Vanessa, Gilciane, Glaylson, Dandinha, Leide, Mariquinha, Marina, Auricélio, Wendel, Narciso Junior, Thiago, Kécia, Jorge William, Paulinho, João Victor, Pedro, Carol. Amo vocês!

Para sair um pouco do protocolo de privacidade, encerro o post com algumas fotos da festa:

Novo tratamento de  beleza: máscara de bolo de aniversário. O que a gente não faz para parecer mais jovem!

Galera da Informar, que amo de paixão!

Com meu irmão Luciano e cunhada Gilciane (e convidado Glaylson)

Minha mãe (gatona) e irmã Dandinha

Minhas amadas sobrinhas que só saíram da piscina depois de criar escamas.
 
Eu e a gatíssima Ana Carla

Com Capitão Ricardo e família

No sentido horário: Eu, Sueli, Marina, Fabiana, Junior Bil e Juvenal Menezes.

No sentido horário: Narciso Junior, Kécia, Thiago, Wendel e Auricélio


Célia e Itamar

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Como nossos pais!

Os pais são seres humanos imperfeitos, assim como você!
No post que falei sobre o valor da amizade há uma passagem que provocou a justificada ira de mães ávidas em me dar uma lição de moral.

O trecho em questão contém uma boa dose de humor negro e ironia, que para quem ainda não percebeu são típicos da maioria dos textos desse blog e, portanto, dispensa maiores explicações aos politicamente corretos.

Porém, neste caso, vou abrir um parêntese para o tema até porque confesso que ele expressa algo que realmente acredito. E para colocar mais lenha na fogueira vou reavivar a memória dos leitores sem dar-lhes ao trabalho de usar a barra de rolagem, transcrevendo o trecho gerador da discórdia:

Não tem quem suporte uma pessoa grudenta, controladora, passional e melindrada. Se você é assim, fique logo sabendo que sua mãe não te ama igual aos outros filhos, não. Ela só diz isso porque se sente culpada por ter vontade de te entregar no setor de achados e perdidos”.

As mães (e, diga-se de passagem, filhas) revoltadas questionaram como eu, uma figueira seca, sem filhos nem marido, poderia ter a audácia de colocar a prova um sentimento tão genuíno.

OK! Nunca tive dúvidas quanto a isso e creio piamente que o amor maternal é o mais próximo que existe do amor divino. Mas o pingo de maturidade que adquiri com certas experiências familiares me fizeram compreender que mãe também é ser humano, e como todo ser humano, sujeito a afinidades e antipatias.

Sou a 2ª filha dos 5 bacorinhos da minha mãe, uma mulher batalhadora e com a qual sempre alimentei sensações dúbias de desconforto e admiração. E tenho plena convicção que ela prefere os outros filhos a mim. No passado isso foi doloroso, motivo de rebeldia e falta de aceitação, mas hoje encaro numa boa.

Afinal, como eu poderia esperar que ela amasse mais a mim, que deixei de gostar de azul quando descobri que era sua cor favorita, ao invés da irmã que diz amém a tudo que ela expressa? Se há momentos que nem eu mesma me agüento, porque deveria acreditar que mamãe é o espírito santo encarnado e que seu sentimento é imune a todas as irritantes contradições de pensamentos tão conflitantes?

Veja bem, não estou dizendo que ela não me ame. Estou apenas dizendo que o seu amor, um sentimento alimentado ou ferido diariamente pela convivência, é mais forte pelos filhos com os quais tem uma natural identificação e um relacionamento melhor. E nem por isso eu preciso morrer ou fazer uma tatuagem na cara para ir ao “Casos de Família” expor meu drama para a equilibradíssima Cristina Rocha.

Um dos maiores problemas da visão machista é enxergar a mãe como “madona mia”, um ser angelical, livre de defeitos, uma santa capaz de suportar tudo em nome da felicidade dos filhos, sem os quais ela seria incapaz de existir e sua vida teria sido totalmente sem propósito.

É por causa dessa visão radical que existem mães se martirizando pelas escolhas erradas dos filhos, mesmo tendo feito tudo que estava ao seu alcance. E filho é bicho safado mesmo, vamos combinar. É só assistir a um programa policial e ver o repórter entrevistando os “santinhos do dia”. O cara que teve tudo nas mãos justifica sua queda dizendo que a culpa é da coitada da mãe que nunca impôs os limites que deveria, ao passo que o danado da cela ao lado também joga a responsabilidade nas costas da genitora que era muito controladora e motivou sua rebeldia.

Como diria Renato Russo: “você culpa seus pais por tudo, isso é absurdo, são crianças como você”. São crianças mesmo. E o que é pior, com a tarefa de educar outras crianças, de ensinar-lhes o melhor caminho quando a maioria nem sequer teve tempo de encontrar o seu.

Sei que um dia serei mãe e de preferência, terei só um filho para transformá-lo num menino chato, mimado e cheio de vontades. Mas se vier mais de um, é bem possível que mesmo amando-os do fundo do coração, terei uma “ligeira inclinação” por aquele que parecer mais comigo. Apenas, é claro, nunca admitirei isso sob qualquer circunstância.

Beijo da mamys!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Seja a sua melhor amiga!

Você pode ser sua melhor companhia!

No post anterior falei sobre a importância da amizade. Preservar os amigos, dar-lhes o devido valor, reconhecer que tem defeitos e aceitá-los como companheiros, não como modelos.

Mas hoje decidi falar sobre o BEST FRIEND FOREVER. Na infância, geralmente quem ocupa esse cargo é a coleguinha que sempre brinca na sua casa e para quem sua mãe faz lanches mais caprichados do que pra você. Quando somos adolescentes, o comum é a garota que deu mais gritinhos histéricos ao seu lado enquanto assistiam ao Back Street Boys. E na fase adulta, cheia de complicações, dúvidas e segredos cabeludos que fariam corar o Marquês de Sade, a quem delegar tão honrosa função?

Pois bem. Nessa busca incessante descobri que os sentimentos que nutrimos por uma pessoa podem mudar e nem sempre para melhor. Amor pode virar ódio, afeição pode se transformar em desprezo, lealdade pode converter-se em decepção. Sim, no mundo real isso acontece. E aquele que foi seu amigo um dia pode virar um inimigo pior do que ex-marido, cheio de arsenal que muito provavelmente usará contra você.

Geralmente esse arsenal tem munição sentimental. Emoções que você um dia revelou do alto da sua angústia e que refletem o frágil ser humano que se esconde por baixo da máscara que usa para sobreviver nessa selva de pedra. E o seu amigo, no calor de uma discussão de causa séria ou banal, te jogará isso na cara sem dó nem piedade, para desestabilizar e demonstrar o poder que exerce sobre você.

Nessas horas a gente balança mesmo, magoada, dilacerada, se sentindo uma idiota por ter revelado o lado mais fraco. Jura que nunca mais vai se abrir com ninguém e dependendo do grau da decepção, pode tornar-se extremamente amarga e desconfiada com todos os seres do planeta.

Para não ter que passar por uma situação como essas aprendi que é preciso eleger a única amiga realmente confiável: você! Não, não estou dizendo que você a seja minha melhor amiga, nada de lotar meu orkut com aqueles recadinhos musicais que travam o computador. Estou falando de sermos as melhores amigas de nós mesmas.

Parece meio monótono, afinal a gente já precisa se agüentar todo santo dia (fora a TPM que nos torna autoinsuportáveis). Mas dá pra conciliar a riqueza de ter amigos de todos os tipos e para todas as situações, com a certeza de um porto seguro de confiança e compreensão que você só encontra em si.

E embora meu recado seja sem discriminação de gênero dou ênfase nas mulheres, que tem o falador mais frouxo e o chorador mais fraco. Então, gata, se não quer ouvir aquela que um dia dividiu contigo um pote Kibon de 2 litros coberto com calda de lágrimas dizer que a culpa do seu cachorrinho ter morrido foi sua quando deu aquele banho escondido no coitado com água sanitária e que você é um monstro cruel que só ela tem a magnitude de tolerar, segura a língua e guarda contigo e com Deus tuas confidências. E seguindo a linha de raciocínio que norteia minha vida, entenda o velho ditado: “Faça o que digo, mas não faça o que eu faço!”. Essa idéia de blog é para pessoas anormais, além do que você nem sabe se sou exatamente quem aparento ser através dessas mal traçadas linhas.

Beijos!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Amigo é coisa pra se guardar...

Amigo é legal, só não vale ser grudento!

Comecei o post com essa música chata que todo ano nos obrigam a cantar de mãos dadas durante as constrangedoras festas de confraternização da empresa, porque mesmo sendo azucrinante, irritante e inoportuna, ela é verdadeira. E é menos insuportável do que aquela outra: “amigos para sempre é o que nós devemos ser...”.

Não vou sair contando toda minha sofrida história de vida (até porque estou guardando para o BBB), mas já vivi alguns altos e baixos (e bota baixos nisso) e quem me socorreu nesses instantes foram amigos incríveis que esbarrei pelo caminho.

Às vezes fico triste porque muitas dessas pessoas que me deram força, hoje já não tenho mais contato. Mas procuro enxergá-las como anjos que Deus coloca na nossa vida e que naquele momento cumpriram seu propósito de forma espontânea, sem expectativas. E é justamente essa falta de pretensão que torna esses instantes mágicos e eternos.

Por isso, costumo valorizar muito as amizades. Mesmo quando me decepciono ou percebo os sinais da ingratidão, procuro não refletir esse desapontamento com quem ainda está ao meu lado. A verdade é que ninguém tem culpa de ser do jeito que é e quem garante que eu também não tenha decepcionado, mesmo sem querer, muita gente que gostava de mim?

E para entender o que é amizade de verdade a primeira coisa que a gente precisa aprender é que amigo não é sinônimo de perfeição. Ele dá mancadas, sim, assim como você também apronta as suas. Então, não fique arrasada nem ache que o mundo conspira contra você só porque aquela amiga que ama de paixão até hoje não teve a consideração de devolver seu livro predileto, enquanto que para outra fulaninha que nem é assim tão próxima ela age com o maior cuidado e nunca deixa de cumprir o que foi acordado. É provável que realmente ela nem lembre de te devolver porque tem tanta confiança na firmeza do sentimento que as une que direciona as preocupações dela para outras coisas.

Parece sem sentido, mas é assim mesmo. Mas pode ter certeza de uma coisa: mesmo que esteja morrendo de ciúmes dessa nova fulaninha, saiba que se você saísse no tapa com a dita cuja sua amiga já chegaria dando uma voadora na coitada sem ao menos querer saber quem está com a razão. Só não invente de fazer o teste, porque corre o risco da amiga não ser de briga (e você ter que apanhar sozinha) ou dela não ser tão sua companheira assim (sinto muito, mas pode acontecer).

Outra coisa que precisamos esclarecer: nada de dar uma de Gasparzinho! Não tem quem suporte uma pessoa grudenta, controladora, passional e melindrada. Se você é assim, fique logo sabendo que sua mãe não te ama igual aos outros filhos, não. Ela só diz isso porque se sente culpada por ter vontade de te entregar no setor de achados e perdidos.

A amizade não é medida pela quantidade de instantes em que passamos juntos. Ela é avaliada pela certeza, pela segurança que temos na afeição daquela pessoa, mesmo que esteja há quilômetros de distância. Afinal, o amigo também tem vida própria e mesmo que isso possa lhe doer, ele tem OUTROS amigos. Talvez não se trate de melhores ou piores, mas simplesmente de tipos diferentes e perder tempo com comparações é inútil e chato pra caramba!

Então, aproveite as festas de final de ano em que pieguice e sentimentalismo barato são altamente permitidos (e de certa forma, até obrigatórios), tome todas e abrace seus amigos derramando em palavras desconexas o sentimento genuíno que brota do seu coração. E fique tranqüilo porque os fogos irão abafar boa parte do que você falou e a ressaca do dia seguinte irá apagar da sua memória (e reze para que da dele também) o aMICO que você pagou!

Abraços fraternais!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Piegas, sim, e daí?

Índice de paixão - 10; Índice de Inteligência - 0; Índice de Felicidade - 1.000.000

Nunca fui uma pessoa muito romântica e sentimental. É até verdade que certas coisas me abalam profundamente e fico remoendo palavras duras durante semanas, mas no geral disfarço bem e sou meio casca grossa.

No campo fértil do amor essa carapuça causou mal entendidos, me fez ser mal interpretada ou simplesmente colocou em dúvida a firmeza ou sinceridade dos meus sentimentos.

Lembro que no colegial tive um flerte que durou quase 2 anos sem passar da troca de olhares porque nenhum dos dois foi a frente e sempre pensei que ele não se aproximava porque não queria nada. Muito tempo depois reencontrei esse rapaz em outra situação, conversamos apenas como ex-colegas de escola e ele acabou confidenciando que foi apaixonado por mim durante bastante tempo, mas nunca teve coragem de tentar nada porque eu parecia fria e distante.

Engraçado que durante estes 2 anos de paquera nunca consegui olhar pra mais ninguém, só pensava nele e percebi que perdi a oportunidade de ter um namoro sadio, bem correspondido só porque não fui capaz de expor minhas intenções. Além, é claro, de manter aquele comportamento típico da mulher de querer analisar, ponderar e procurar sinais em tudo que o sujeito faz ou diz, quando na verdade ele pode estar tão ou até mais nervoso do que você e agir de forma incoerente, sem sentido. E se você baixasse a guarda talvez ficassem mais a vontade para abrir o coração, sem medos nem regras.

Por causa dessa experiência resolvi que seria mais expansiva e romântica. Que mal há em demonstrar para uma pessoa que gosto dela e dizer isso com todas as letras? A gente costuma dizer tanta bobagem que fere e machuca, sem reserva alguma, porque não abrir a boca para dizer uma coisa tão linda como EU TE AMO?

É certo também que ao tomar essa resolução estará sujeita a encontrar um brutamontes insensível que pegue suas lindas palavrinhas e as jogue na lata do lixo, classificando-a de melosa, grudenta e piegas. Mas mesmo que a decepção seja terrível isso por acaso muda o VALOR do seu sentimento? Talvez seja preciso mudar apenas o FOCO, porque sinceramente, amar um jumento desses só serve para masoquistas de carteirinha, sai dessa, tá, fofa!

Estar apaixonado pode ser a coisa mais estúpida que existe. Deixa qualquer cristão burro, insensato e, em alguns casos, até falido. Mas é também maravilhoso e quem já se apaixonou sabe que jamais esquecemos as sensações que esse estado desperta. É como se jogar de um abismo sem saber se haverá uma rede de proteção e mesmo que faça igual ao Coyote e caia de cara no chão, ainda assim, mais cedo ou mais tarde, continuará a busca pelo Papa Léguas.

A paixão nos move, alimenta e quando acaba nos faz ir ao Ratinho pra fazer DNA. É a ordem natural das coisas. Portanto, garota, aumenta o som com as melhores do Air Suplay e vai desenhar coraçõezinhos flechados sem medo de ser feliz. Pieguice é universal e ainda pode dar muito lucro (que o diga Roberto Carlos).

Amor, I Love You pra você também!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Levanta esse traseiro gordo da cadeira!

Como diria minha avó, a preguiça é a mãe do cão!
Sinto-me como uma adolescente! E não é por causa das espinhas que se apossaram do meu rosto depois de ignorar a recomendação da dermatologista e dormir com maquiagem. É por causa daquela incômoda sensação de falta de propósito diante da vida.

O problema é que sentir isso aos 30 anos não é nada charmoso, muito menos divertido. E não existe teste vocacional pra resolver essa questão. Nem dá pra sair cantando “Temos todo tempo do mundo... Somos tão jovens! Tão jovenssssss”! A trilha sonora agora é outra, está mais pra “A Pipa do vovô não sobe mais”!

OK! Estou naqueles dias em que nem o céu azul, passarinhos cantando e 2 quilos a menos podem me deixar mais otimista e corajosa. Mas é justamente nesses momentos de profunda e inútil reflexão que a gente analisa as bobagens que fez e prepara o campo para outras que ainda vai aprontar.

Nessa viagem ao passado remoto, fiquei lembrando que há anos prometi a mim mesma que antes dos 30 estaria praticando assiduamente um esporte. E todo fim de ano garantia que em janeiro colocaria em prática essa resolução, sempre repetindo que ainda estava jovem e que o lápis ainda caía quando colocado abaixo do seio. O problema é que estes planos constantemente adiados foram frustrados por uma hérnia de disco que se alojou na minha coluna justamente por... Falta de exercício físico. Hahahaha, que doce ironia! Parece até praga de mãe (eu bem que te avisei), mas tudo tem seu lado bom, afinal, agora tenho uma excelente desculpa para permanecer com os braços flácidos, as coxas revestidas pelo tecido irregular da celulite e, principalmente, nunca mais precisar pegar numa vassoura. O louco homem que decidir casar comigo fique logo sabendo que vai precisar contratar uma empregada, tá!

Mas na boa, a lição que tirei dessa mancada é que fazer planos, estabelecer metas e definir prioridades é algo sensacional, mas desde que saia do campo das conjecturas. 1 ano passa tão rápido e a gente ainda tem aquela mania besta de querer apressar os minutos, os dias, tudo fruto da ansiedade da vida moderna. E acaba esquecendo que enquanto estamos na sala de espera do médico ou na fila do banco olhando fixamente para o relógio (como se isso o fizesse andar mais rápido), pedindo pelo amor de Deus que aquele infeliz lerdo pare de contar as moedas do troco no caixa e dê logo a vez para o próximo, na verdade estamos pedindo também para apressar nossa morte. É sério! Cada minuto que passa é um minuto a menos na contagem do tempo que falta para irmos encontrar São Pedro (na melhor da hipóteses).

Não estou criticando aquela inquietação natural que move o ser humano, que o faz buscar desafios e construir coisas maravilhosas. Esse é um dom que Deus nos deu. Estou falando é da forma como aplicamos nosso tempo, como direcionamos essa inquietação. Estamos mais planejando e reclamando, ou estamos fazendo e vivendo mais?

Existe um provérbio maravilhoso que explica bem o que quero dizer: “Não queira adicionar dias à sua vida, mas vida aos seus dias!” Não é lindo? Então, garota, levanta desse sofá e vai procurar o que fazer. Também não precisa radicalizar e achar que é necessário descobrir a cura do câncer pra dar sentido à própria vida. Comece pelas pequenas coisas que relegou a segundo, terceiro e quarto plano e que um dia foram muito importantes pra você. Que tal antecipar as tradicionais resoluções de fim de ano e começar já em dezembro o que planejou para janeiro? Não há nenhuma lei que a impeça e aposto que daqui a um mês estará mais estimulada, cheia de idéias novas que te deixarão com a sensação de que 2010 não foi tão assim, em vão.

E nem venha me perguntar se EU vou fazer alguma coisa. Cuida da tua vida, garota. Porque enquanto você se preocupa em contar os MEUS dias, a sombra da morte vai invadindo os SEUS (depois dessa chibatada quero ver se você não vai me escutar)!

Beijos e boa semana pra todos!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Procura-se Autoconfiança, gratifica-se bem!

Baranga ou avião: o reflexo está nos olhos de quem vê!

Segundo a definição da Wikipédia, Autoconfiança é a convicção que uma pessoa tem de ser capaz de fazer ou realizar alguma coisa e está intrisecamente ligada a autoestima e autoaceitação, cujos significados se confudem e se completam.

Por culpa dos hormônios que passam o mês inteiro variando e nos colocam numa inconstante montanha-russa emocional, tem dias que amanhecemos firmes, fortes, resolutas e decididas e nem ver seu ex desfilando com a namorada 10 anos mais jovens e 10 quilos mais magra é capaz de te abalar, enquanto que em outras ocasiões mesmo com o cabelo no lugar, a pele radiante e o cartão de crédito com limite de sobra, ainda assim você olha no espelho e só enxerga rugas, olheiras e incertezas que gritam através de uma aparência fragilizada e olhar perdido.

Seria bom se pudéssemos sintonizar no Canal do Polishop e ver a autoconfiança sendo vendida em tamanhos P, M e G. E não é só isso: ao comprar uma você levaria outra inteiramente grátis e ainda receberia de brinde o novo descascador de batatas do George Foreman. Mas (por enquanto) ainda não existe esse item à venda e é preciso levantar a cabeça e procurá-la todos os dias.

Nessa busca é comum a gente dar mancadas, como beber todas e acordar no outro dia com uma ressaca braba e mais uma incerteza adicionada à sua extensa lista: o que foi que eu aprontei ontem? Ou torrar o mês inteiro de salário numa tarde de compras dizendo pra si mesma que merece aquilo e passar o resto dos dias se escondendo dos cobradores e andando com o cabelo horroroso porque está sem um tostão no bolso.

Bom, a verdade é que não existe receita de bolo e não posso responder onde se esconde a tal da dona felicidade. Até porque o prefixo “auto” deixa claro que essa é uma questão de foro íntimo e só você pode encontrar a fonte de sua força e poder. Portanto, uma coisa é certa: não adianta procurá-la nos outros, porque nunca vai encontrar. Nem adianta imitar comportamentos que julga ideiais, descolados ou positivos mas que diferem completamente de sua essência, porque não existe autoconfiança sem autoaceitação e é impossível desempenhar uma personagem sem carregar o fardo da mentira e da culpa. Cedo ou tarde essa energia contida ou mascarada irá procurar uma válvula de escape alternativa, dando vazão através de moléstias físicas e psicológicas que se arrastarão por anos a fio, aparentemente sem uma causa lógica.

A vida é incerta e o dia de amanhã pertence a Deus. A única e mórbida certeza que temos é do fim da existência e essa verdade pode ser usada como propulsão para três formas básicas de conduzir a vida: nos paralisar com o medo do que pode acontecer nos privando de experiências únicas, agir feito uma maluca que acha que o mundo vai acabar amanhã e sai aprontando tudo sem preocupar-se com as consequências ou procurar um meio termo, adotando uma visão equilibrada que lhe permite viver o presente sem deixar de planejar o futuro.

E digo isso não como uma guru de autoajuda, mas como alguém que tenta agir da melhor forma, escorregando “de vez em sempre”. Todas nós temos nossos dias bons, outros nem tanto. Mas apeguem-se àquela máxima que reflete a nebulosa faceta sádica do ser humano e que sempre nos faz sentir bem melhor: tem gente que está muito pior do que nós!

Beijão!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Quero ser ricaaaaaaaaaaa!!!!!!!!!!

Será que tá cheio?
Gente, tô deprimida!

Estava pela manhã cedo aguardando o velho Circular que sempre chega atrasado quando uma moça de olhar lânguido e cabelo escorrido passou dirigindo preguiçosamente um carro daqueles de parar o trânsito (desculpem o trocadilho barato).

O resultado dessa tortura psicológica é que quando o ônibus finalmente chegou, passei que nem trator pela catraca ignorando o sorriso diário e matinal do cobrador. E para dar vazão a minha ira fiz questão de sentar naqueles assentos preferenciais disposta a dar um piti quando o primeiro idoso chegasse perto. Mas nos cinco primeiros minutos de viagem uma velhinha simpática frustrou esses planos malignos amolecendo meu coração com um sorriso desdentado e fui obrigada a seguir todo o trecho em pé, para criar a marra!

Que me perdoem os politicamente corretos, mas prefiro enfrentar a solidão dentro de um Rolls Royce, com uma taça de prosseco na boca e uma bolsa Gucci na mão do que ser espremida às 6 horas da manhã por centenas de amigos num ônibus lotado. Então tomei uma decisão: quero ser rica!

Para tanto, fiz um cálculo: considerando fatores como minha idade, as possibilidades de uma herança familiar e meu talento nato para poupar e administrar as finanças pessoais, concluí que daqui a 7 milhões de anos luz conseguirei atingir meu objetivo. Portanto, vamos ao plano B.

Pensei em me inscrever no BBB 11 e comover o mundo com minha história sofrida para faturar o prêmio, mas considerando que o confinamento dura 3 meses, a pose de boa moça (bem como a integridade física dos participantes) não resistiria a três TPM’s consecutivas.

Pensei ainda em seguir o exemplo do Sílvio Santos (cataram minha obsessão por esse homem) e fazer fortuna como “Camelôa” (gosto de usar termos no feminino mesmo que eles não existam), mas ao lembrar que ele está quase falido, desisti da idéia. Afinal, nascer pobre já é ruim, mas ficar pobre depois de desfrutar os prazeres da riqueza é insuportável!

Pensei também em ter uma idéia genial, tipo vender as unidades dos cartões telefônicos por 30 centavos cada e obter um lucro de trocentos por cento em cima do valor total do cartão, mas depois de constatar que até minha sobrinha de 4 anos já tem celular, abandonei o plano e também fiz uma anotação mental para bloquear qualquer idéia semelhante a essa e assim, poupar-me de constrangimentos futuros.

Ainda me resta a alternativa outrora descartada de dar uma de Geisy Arruda no primeiro dia de aula na faculdade. O melhor é que minha musa inspiradora está em Fortaleza e poderia repassar suas preciosas dicas pessoalmente, mas vai que ela faz comigo o mesmo que fez com o Julinho do Carmo e sai declarando na imprensa que meu blog é vulgar. É um risco que tenho que correr!

Como as aulas na faculdade só iniciam dia 12 de janeiro ainda tenho oportunidade para reavaliar essas e outras possibilidades. E enquanto perco tempo pensando numa maneira de ficar linda, loira e rica, vou desligar o computador rapidinho porque o Circular passa daqui a 5 minutos (isso se ele não atrasar).

Um Beijo com a cara da riqueza!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Caught in a bad romance!

Até Lady Gaga tem dor de cotovelo!

Estava tentando adiar ao máximo um post sobre a minha “ídola” de todos os tempos. Isto, é claro, depois do Robin dos Menudos e do Jason da Sexta-Feira 13, que para mim, são insuperáveis e insubstituíveis.

Mas acordei meio com dor de cotovelo, resultado da dieta maluca que estou seguindo e que me permite comer uma gelatina zero quando sinto que vou desmaiar. Tudo porque a estúpida aqui fez o favor de comprar um vestido caríssimo tamanho 36, enquanto na verdade visto 40 (ou seria 42?). Portanto, se passar alguns dias ausente é porque estou sendo socorrida pelo S.O.S. Maracanaú depois de ter um troço no meio da rua.

Bom, agora que a vertigem passou vou voltar ao tema de hoje: a super, hiper, mega, ultraloira, ultra sarada Lady Gaga. Até então eu era mais uma fã que acreditava que a fofa era tão autêntica quanto o Sílvio Santos e realmente dormia de capacete. Mas depois que soube que a bonita casou secretamente com seu antigo namorado, Luc Carl, fiquei em dúvida se deveria jogar todos os seus cd’s piratas fora ou render-me ante a humanidade dessa diva bizarra.

A verdade é que, passado o choque inicial, tudo fez sentido na minha mente. Sabe aquele clipe escândalo de “Paparazzi”, em que ela mata o namorado canalha e justifica dizendo que tudo não passava de uma metáfora que representava a pressão exercida pela mídia e pela indústria fonográfica? Ou ainda o de “Telephone”, em que mais uma vez ela manda um cafajeste para a terra dos pés juntos pra depois sair dando entrevistas coletivas de que a cabine telefônica era, na verdade, símbolo da bolha sufocante em que vivia para obter resultados e a música era uma forma de dizer DANE-SE para os empresários e se divertir até cair bêbada num pub qualquer? TU-DO-PA-PO-FU-RA-DO! Era a boa e velha DOR DE COTOVELO, aquela que une seres de todo o planeta em torno de um mesmo sentimento, sejam eles hetero, homo, bi, trans, metro ou artistas da Globo e que é a inspiração para aquelas canções de brega que nos dão vontade de nos matar de forma lenta e dolorosa. Em outras palavras, descobri o elo fundamental dos 6 graus de separação entre Bartô Galeno e Lady Gaga. E agora sinto que posso amar os dois sem medo de ser feliz e ir tranqüila ao show do Bartô jogar calcinhas no palco enquanto faço minha Poker Face. Democracia na sua mais pura e absoluta expressão!

É bom saber ainda que até as mulheres poderosas, multimilionárias, superdesejadas tem seus dias ruins e dilemas existenciais. Acho que no final das contas o maior mérito da Gaga é continuar fazendo muito bem o que se propôs a fazer, mesmo que isso inclua dar um stop na agenda lotada para dar uma passadinha no Caribe e casar com a inspiração de tantas músicas divertidas e originais. Com certeza as malucas também amam!

Xêro!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

William Moulton Marston, o homem da minha vida!

Enfim, um homem que soube reconhecer o quanto somos maravilhosas!

Bom dia, crianças!

Minha intenção era escrever sobre as super mulheres, aqueles estereótipos femininos que a mídia nos empurra goela abaixo cujas principais características consistem em, basicamente, ter uma bunda grande e uma extensa lista de casamentos e conquistas bem cotadas no disputado mercado sentimental da fama. E com elas, claro, os fazendeiros de bunda, aqueles olheiros que detém invejáveis castings de beldades que saem do anonimato ao estrelato instantaneamente graças ao seu poder de articulação no meio artístico e publicitário.

A idéia era contrapor esse modelo midiático, repetitivamente exposto como o ideal, com o modelo real de Super Mulher, aquela que sai de casa às 5 da manhã enfrentando o precário sistema de transporte público para atravessar a cidade, chegar no emprego na hora certa, voltar extenuada e ainda encarar duplas, trilhas e quádrulhas jornadas de trabalho, tudo para sustentar com poucos recursos e muita dignidade a família que a aguarda.

Partindo deste ponto resolvi pesquisar sobre a Mulher Maravilha, personagem das histórias em quadrinhos americana conhecida por sua invencibilidade e charme e ver se sua origem correspondia às minhas suspeitas de que era mais um modelo criado por outro homem que não entendia nada sobre nós.

Bom, era mesmo um homem. Mas qual não foi minha surpresa ao me deparar com este nome: Dr. William Moulton Marston, psicólogo americano inventor do polígrafo e primeiro a idealizar a personagem de uma heroína que exercesse o poder com amor. O curioso é que a invenção do famoso aparelho detector de mentiras foi fundamental para o surgimento da personagem, já que durante os testes o Dr. Marston confirmou que as mulheres eram mais honestas e confiáveis do que os homens (minha antepassada do tempo das cavernas já sabia disso) e com base nessas verdades absolutas e incontestáveis, ele pode construir a personagem reunindo virtudes que corroboravam com a idéia de um novo tipo de mulher que pode governar o mundo e que tem potencial não apenas para igualar-se aos homens, mas de ser superior a eles em muitos aspectos. Cuecas de plantão, não adianta estrebuchar, foi Dr. Marston que disse isso!

Como nem tudo é perfeito e mesmo estando perdidamente apaixonada pelo sujeito, tenho que dizer que o psicólogo tinha sua carga de cafajestice e concebeu a Mulher Maravilha inspirado e influenciado por duas mulheres: Elizabeth Marston (a legítima) e Olive Byrne (sua filial). Mas há de se dar um desconto, afinal, um homem que reconhece nossa soberania, superioridade e ainda nos retrata com super poderes tinha mesmo que ser um partido disputadíssimo, vamos combinar!

Então, rendo minhas homenagens a esse ser de luz que veio ao mundo com a missão de nos encorajar a disputar nosso lugar ao sol de cabeça erguida. Só não vale se estressar com o marido, amarrar uma faixa na cabeça e sair rodando desesperadamente como mãe de santa entoada. Deixa esses detalhes cômicos para os quadrinhos, tá, sua louca! Mas não se envergonhe de repetir que você, mulher sincera, batalhadora, amorosa e poderosa é o alter ego desta heroína tão merecidamente concebida para conferir muito mais charme ao mundo dos quadrinhos.

Beijos poderosos!