Será que tá cheio? |
Gente, tô deprimida!
Estava pela manhã cedo aguardando o velho Circular que sempre chega atrasado quando uma moça de olhar lânguido e cabelo escorrido passou dirigindo preguiçosamente um carro daqueles de parar o trânsito (desculpem o trocadilho barato).
O resultado dessa tortura psicológica é que quando o ônibus finalmente chegou, passei que nem trator pela catraca ignorando o sorriso diário e matinal do cobrador. E para dar vazão a minha ira fiz questão de sentar naqueles assentos preferenciais disposta a dar um piti quando o primeiro idoso chegasse perto. Mas nos cinco primeiros minutos de viagem uma velhinha simpática frustrou esses planos malignos amolecendo meu coração com um sorriso desdentado e fui obrigada a seguir todo o trecho em pé, para criar a marra!
Que me perdoem os politicamente corretos, mas prefiro enfrentar a solidão dentro de um Rolls Royce, com uma taça de prosseco na boca e uma bolsa Gucci na mão do que ser espremida às 6 horas da manhã por centenas de amigos num ônibus lotado. Então tomei uma decisão: quero ser rica!
Para tanto, fiz um cálculo: considerando fatores como minha idade, as possibilidades de uma herança familiar e meu talento nato para poupar e administrar as finanças pessoais, concluí que daqui a 7 milhões de anos luz conseguirei atingir meu objetivo. Portanto, vamos ao plano B.
Pensei em me inscrever no BBB 11 e comover o mundo com minha história sofrida para faturar o prêmio, mas considerando que o confinamento dura 3 meses, a pose de boa moça (bem como a integridade física dos participantes) não resistiria a três TPM’s consecutivas.
Pensei ainda em seguir o exemplo do Sílvio Santos (cataram minha obsessão por esse homem) e fazer fortuna como “Camelôa” (gosto de usar termos no feminino mesmo que eles não existam), mas ao lembrar que ele está quase falido, desisti da idéia. Afinal, nascer pobre já é ruim, mas ficar pobre depois de desfrutar os prazeres da riqueza é insuportável!
Pensei também em ter uma idéia genial, tipo vender as unidades dos cartões telefônicos por 30 centavos cada e obter um lucro de trocentos por cento em cima do valor total do cartão, mas depois de constatar que até minha sobrinha de 4 anos já tem celular, abandonei o plano e também fiz uma anotação mental para bloquear qualquer idéia semelhante a essa e assim, poupar-me de constrangimentos futuros.
Ainda me resta a alternativa outrora descartada de dar uma de Geisy Arruda no primeiro dia de aula na faculdade. O melhor é que minha musa inspiradora está em Fortaleza e poderia repassar suas preciosas dicas pessoalmente, mas vai que ela faz comigo o mesmo que fez com o Julinho do Carmo e sai declarando na imprensa que meu blog é vulgar. É um risco que tenho que correr!
Como as aulas na faculdade só iniciam dia 12 de janeiro ainda tenho oportunidade para reavaliar essas e outras possibilidades. E enquanto perco tempo pensando numa maneira de ficar linda, loira e rica, vou desligar o computador rapidinho porque o Circular passa daqui a 5 minutos (isso se ele não atrasar).
Um Beijo com a cara da riqueza!
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