segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Levanta esse traseiro gordo da cadeira!

Como diria minha avó, a preguiça é a mãe do cão!
Sinto-me como uma adolescente! E não é por causa das espinhas que se apossaram do meu rosto depois de ignorar a recomendação da dermatologista e dormir com maquiagem. É por causa daquela incômoda sensação de falta de propósito diante da vida.

O problema é que sentir isso aos 30 anos não é nada charmoso, muito menos divertido. E não existe teste vocacional pra resolver essa questão. Nem dá pra sair cantando “Temos todo tempo do mundo... Somos tão jovens! Tão jovenssssss”! A trilha sonora agora é outra, está mais pra “A Pipa do vovô não sobe mais”!

OK! Estou naqueles dias em que nem o céu azul, passarinhos cantando e 2 quilos a menos podem me deixar mais otimista e corajosa. Mas é justamente nesses momentos de profunda e inútil reflexão que a gente analisa as bobagens que fez e prepara o campo para outras que ainda vai aprontar.

Nessa viagem ao passado remoto, fiquei lembrando que há anos prometi a mim mesma que antes dos 30 estaria praticando assiduamente um esporte. E todo fim de ano garantia que em janeiro colocaria em prática essa resolução, sempre repetindo que ainda estava jovem e que o lápis ainda caía quando colocado abaixo do seio. O problema é que estes planos constantemente adiados foram frustrados por uma hérnia de disco que se alojou na minha coluna justamente por... Falta de exercício físico. Hahahaha, que doce ironia! Parece até praga de mãe (eu bem que te avisei), mas tudo tem seu lado bom, afinal, agora tenho uma excelente desculpa para permanecer com os braços flácidos, as coxas revestidas pelo tecido irregular da celulite e, principalmente, nunca mais precisar pegar numa vassoura. O louco homem que decidir casar comigo fique logo sabendo que vai precisar contratar uma empregada, tá!

Mas na boa, a lição que tirei dessa mancada é que fazer planos, estabelecer metas e definir prioridades é algo sensacional, mas desde que saia do campo das conjecturas. 1 ano passa tão rápido e a gente ainda tem aquela mania besta de querer apressar os minutos, os dias, tudo fruto da ansiedade da vida moderna. E acaba esquecendo que enquanto estamos na sala de espera do médico ou na fila do banco olhando fixamente para o relógio (como se isso o fizesse andar mais rápido), pedindo pelo amor de Deus que aquele infeliz lerdo pare de contar as moedas do troco no caixa e dê logo a vez para o próximo, na verdade estamos pedindo também para apressar nossa morte. É sério! Cada minuto que passa é um minuto a menos na contagem do tempo que falta para irmos encontrar São Pedro (na melhor da hipóteses).

Não estou criticando aquela inquietação natural que move o ser humano, que o faz buscar desafios e construir coisas maravilhosas. Esse é um dom que Deus nos deu. Estou falando é da forma como aplicamos nosso tempo, como direcionamos essa inquietação. Estamos mais planejando e reclamando, ou estamos fazendo e vivendo mais?

Existe um provérbio maravilhoso que explica bem o que quero dizer: “Não queira adicionar dias à sua vida, mas vida aos seus dias!” Não é lindo? Então, garota, levanta desse sofá e vai procurar o que fazer. Também não precisa radicalizar e achar que é necessário descobrir a cura do câncer pra dar sentido à própria vida. Comece pelas pequenas coisas que relegou a segundo, terceiro e quarto plano e que um dia foram muito importantes pra você. Que tal antecipar as tradicionais resoluções de fim de ano e começar já em dezembro o que planejou para janeiro? Não há nenhuma lei que a impeça e aposto que daqui a um mês estará mais estimulada, cheia de idéias novas que te deixarão com a sensação de que 2010 não foi tão assim, em vão.

E nem venha me perguntar se EU vou fazer alguma coisa. Cuida da tua vida, garota. Porque enquanto você se preocupa em contar os MEUS dias, a sombra da morte vai invadindo os SEUS (depois dessa chibatada quero ver se você não vai me escutar)!

Beijos e boa semana pra todos!

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