Mulher de bigode, nem o diabo quer!

Relaxa, Morango, eu também já usei essa desculpa!

Olá para todos!

Vaidade nunca foi algo inerente à minha condição feminina. Ela foi sendo adquirida aos poucos.

Minha mãe é uma costureira caprichosa e quando éramos crianças nos mimava toda semana com uma peça nova numa época em que costura doméstica ainda era algo bastante comum. Então, quanto a vestuário, procurava me vestir bem (embora nem sempre acertasse).

Mas em se tratando dessas outras “frescurites” típicas de mulher como fazer unha, cabelo, sobrancelha, etc., nunca fui muito fã. Até este ano contava nos dedos as vezes em que fui à um salão e mesmo tendo mãe e irmãs manicures, nunca permiti à um alicate aproximar-se dos meus dedinhos.

Também tinha medo de tesoura e fazer a unha, para mim, consistia basicamente em roer os dedos até transformá-los em cotocos disformes. E como não sou contorcionista, não conseguia roer as unhas dos pés (até tentei algumas vezes) e para evitar que elas crescessem a ponto de curvarem e cravarem na palmilha do chinelo, a coitada da minha mãe precisava de alguém que me segurasse para poder fazer esse serviço ingrato. Pobre mulher, merece meu respeito e gratidão eternos.

Hoje, já encaro tesoura e até lixa de unha numa boa, embora o lance com o alicate ainda não tenha sido resolvido. Mas um dia chego lá!

Cabelo, maquiagem, sobrancelha e etc., também faço e toda semana bato o ponto no salão para esticar as madeixas com a boa e velha dupla sertaneja “escova e chapinha”, já que ainda não criei coragem para a tal da progressiva.

Mas essa semana foi especial, pois fiz o debut da depilação de buço. Nunca quis me livrar do bigodinho porque achava que ele me conferia força e personalidade. Mentira! Era relaxo mesmo! E embora tenha doído horrores, senti-me tão mais leve sem aquele acessório peludo que já deixei mais 5 sessões pagas. Bigode, nunca mais!

E para quem acha que feminista de verdade tem que andar com o sovaco cabeludo e sobrancelha igual a do Dr. Albieri, pode tirar o cavalinho da chuva. Esse negócio de queimar sutiã em praça pública é demodé, sem falar que a lingerie está pela hora da morte!

A vaidade que não extrapola os limites do bom senso (tipo Eliana com a cara de plástico por causa do excesso de botox) é importante para a manutenção da autoestima, para lembrarmos que acima de mães, filhas, esposas e profissionais somos MULHERES e em nossa genética já vem incluso o cromossomo da “frescurite aguda”. E no final das contas todo homem reclama por demorarmos demais a nos arrumar, mas aposto que nenhum deles está interessado em sair com um bagulho por aí.

Beijos, boa quinta-feira para todos!