Você pode ser sua melhor companhia! |
No post anterior falei sobre a importância da amizade. Preservar os amigos, dar-lhes o devido valor, reconhecer que tem defeitos e aceitá-los como companheiros, não como modelos.
Mas hoje decidi falar sobre o BEST FRIEND FOREVER. Na infância, geralmente quem ocupa esse cargo é a coleguinha que sempre brinca na sua casa e para quem sua mãe faz lanches mais caprichados do que pra você. Quando somos adolescentes, o comum é a garota que deu mais gritinhos histéricos ao seu lado enquanto assistiam ao Back Street Boys. E na fase adulta, cheia de complicações, dúvidas e segredos cabeludos que fariam corar o Marquês de Sade, a quem delegar tão honrosa função?
Pois bem. Nessa busca incessante descobri que os sentimentos que nutrimos por uma pessoa podem mudar e nem sempre para melhor. Amor pode virar ódio, afeição pode se transformar em desprezo, lealdade pode converter-se em decepção. Sim, no mundo real isso acontece. E aquele que foi seu amigo um dia pode virar um inimigo pior do que ex-marido, cheio de arsenal que muito provavelmente usará contra você.
Geralmente esse arsenal tem munição sentimental. Emoções que você um dia revelou do alto da sua angústia e que refletem o frágil ser humano que se esconde por baixo da máscara que usa para sobreviver nessa selva de pedra. E o seu amigo, no calor de uma discussão de causa séria ou banal, te jogará isso na cara sem dó nem piedade, para desestabilizar e demonstrar o poder que exerce sobre você.
Nessas horas a gente balança mesmo, magoada, dilacerada, se sentindo uma idiota por ter revelado o lado mais fraco. Jura que nunca mais vai se abrir com ninguém e dependendo do grau da decepção, pode tornar-se extremamente amarga e desconfiada com todos os seres do planeta.
Para não ter que passar por uma situação como essas aprendi que é preciso eleger a única amiga realmente confiável: você! Não, não estou dizendo que você a seja minha melhor amiga, nada de lotar meu orkut com aqueles recadinhos musicais que travam o computador. Estou falando de sermos as melhores amigas de nós mesmas.
Parece meio monótono, afinal a gente já precisa se agüentar todo santo dia (fora a TPM que nos torna autoinsuportáveis). Mas dá pra conciliar a riqueza de ter amigos de todos os tipos e para todas as situações, com a certeza de um porto seguro de confiança e compreensão que você só encontra em si.
E embora meu recado seja sem discriminação de gênero dou ênfase nas mulheres, que tem o falador mais frouxo e o chorador mais fraco. Então, gata, se não quer ouvir aquela que um dia dividiu contigo um pote Kibon de 2 litros coberto com calda de lágrimas dizer que a culpa do seu cachorrinho ter morrido foi sua quando deu aquele banho escondido no coitado com água sanitária e que você é um monstro cruel que só ela tem a magnitude de tolerar, segura a língua e guarda contigo e com Deus tuas confidências. E seguindo a linha de raciocínio que norteia minha vida, entenda o velho ditado: “Faça o que digo, mas não faça o que eu faço!”. Essa idéia de blog é para pessoas anormais, além do que você nem sabe se sou exatamente quem aparento ser através dessas mal traçadas linhas.
Beijos!
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