terça-feira, 23 de novembro de 2010

A Verdade mais nua do que crua

Cena de "A Verdade Nua e Crua", filme cheio de clichês, tanto cinematográficos quanto de relacionamento entre homem e mulher.

Sou cinéfila de carteirinha, pode crer! E dessas que levam o negócio a sério e ficam repetindo os diálogos e rememorando as cenas mais marcantes durante semanassssss!!!

Bom, até ontem eu estava sem TV. Passei uma longa temporada sem esta caixinha mágica que nas famílias faz as vezes de pai, mãe, babá, psicólogo, irmão mais velho, consultor de carreira, personal stylist e terapeuta de casais. E saí dessa fase sem embuchar (aqui no Nordeste temos a crença de que em casa que não tem televisão, gravidez vem uma em cima da outra).

Muita gente inclusive fazia questão de aliviar minha dor dizendo que era uma benção não ter TV em casa, pois ela era a culpada pela desagregação familiar e pela alienação mental. Engraçado que eles me diziam isso, mas ninguém se oferecia para me ceder esse símbolo da decadência social que faziam questão de manter em casa enquanto eu sentia uma baita falta dela. Senti saudades até da Sônia Abrahão e do Edson Silva, acreditem!

Mas tudo mudou quando aquela coisinha bonitinha, de modestas 21 polegadas, entrou na sala trazendo paz, luz e esperança para minhas noites de solidão. Empolgada, fui na esquina e aluguei logo 2 filmes: "Caso 39" e "A Verdade Nua e Crua".

O primeiro, uma mistura descarada de "O Grito", "O Chamado" e "A Profecia", quase fez eu me lascar de medo. Dormi com a luz acesa bem na minha cara e toda coberta com o lençol, como se isso impedisse o babau de me pegar (isso se ele existisse, porque lógico que não existe, é o que sempre digo). Mas sou medrosa mesmo. Pra vocês terem uma idéia, fiquei morrendo de medo quando assisti o "Meu Amigo Bógus", só porque o protagonista é aquele menininho esquisito que tem nome de cometa e que fez "O Sexto Sentido".

Já o segundo, me rendeu boas risadas e a certeza de que por baixo de todo cafajeste, sempre existe um homem solitário e traumatizado pela frieza de alguma mulher má. E que no final das contas, depois de muitos clichês, tudo termina como previsto nos 5 primeiros minutos do filme, ou seja, romance açucarado e com a panelinha finalmente achando sua tampinha. Eu recomendo! Só lembrem de tirar as crianças da sala, porque tem um palavreado meio pesado, embora nem chegue aos pés dos filmes brasileiros que tem a maior concentração do mundo de "p... que pariu" a cada frase. Sem falar que aquele gatão do Gerard Buttler é um colírio pra mulherada, vamos combinar!

Tá dado o recado! Vou nessa, porque ainda tenho que somar minhas faturas e ver por quantos meses terei de deixar o cartão de crédito sob a custódia da minha mãe, uma sequestradora cruel que não entende que a mandante do crime fui eu e sempre se recusa a entregar o refém, mesmo sob os mais comoventes apelos.

Beijinhos, gatas!

2 comentários:

  1. Parabéns. Você é criativa, tem senso de humor e escreve de modo simples e agradável.
    Se me autorizar passarei a ser um seguidor.

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  2. Com o maior, prazer, distinto Paiva. É uma honra ter você seguindo meu blog. Muito obrigada pelos elogios!!

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