terça-feira, 23 de novembro de 2010

Falando (quase) sério

Os cafajestes também tem seu charme!

Bom dia, meu povo!

2° post do blog é assim, cheiro de carro novo e aquela empolgação para sair digitando, mas prometo (tentar) maneirar porque o anterior era uma bíblia, eu admito.

Quero falar sobre a repercussão. Recebi alguns e-mails de pessoas que me conhecem superficial ou mais intimamente questionando se sou mesmo o retrato fiel da lista de itens que conferem o status de "feminista de arake". Coisas do tipo: "você gosta mesmo de cafajeste?", "é verdade que você deu mole pro tiozinho do Detran?" e, principalmente, "você não votou na Dilma??????".

Essa seria uma boa oportunidade de provar meu espírito de liberdade e autoconfiança e não dar a mínima para essas especulações, mas como típica feminista fake lógico que vou dar explicações, senão passarei noites sem dormir imaginando o que estão pensando sobre mim.

Quanto ao item "homens", confesso que não tenho tanta experiência no assunto, casei muito jovem e talvez isso tenha me privado da doce tortura de cair nas garras de um "bom" cafajeste. Mas já vi amigas independentes, seguras e aparentemente bem resolvidas colocar tudo a perder por um tipo desses, o que me conferiu aprendizado por osmose.

No entanto, acredito que os brutos também amam e creio que por baixo da carapuça dura e cruel de um Don Juan há sempre um mané que no passado foi vítima de um belo par de chifres ou de uma devoradora de homens ainda pior do que eles. Psicologia barata, mas que sempre funciona!

Em relação ao exame no Detran, não dei mole pro cara, não, até porque ele era um vovozinho e preferi fazer a linha "garota pobre do interior que passou meses juntando as economias para realizar o sonho de dirigir" para comover o sujeito, e confesso que funcionou porque ele foi MEEEEEGA bacana comigo e me deixou super tranquila. Resultado: passei de primeira! Mas vi várias dondocas que já estavam na 4ª tentativa plantadas na porta da sala dos examinadores torcendo para que saísse um cara com jeito de manipulável ou uma "cumade" com pinta de sapatão, ambos suscetíveis ao velho charme feminino. Não posso julgá-las, afinal, se eu já tivesse sido reprovada 4 vezes também ia apelar!

Quanto aos demais itens da lista, prefiro deixar vocês pensando...

Mas na boa, pra mim esse blog tem um objetivo. No fundo, todas nós que tentamos ser feministas guardamos nossa parcela de incoerência, o que é compreensível, pois é difícil lutar contra o sistema (Neo já dizia isso em Matrix). Mas o que vale é a gente continuar tentando: ou seja, beber, cair e levantar, faz parte!

Só não podemos desistir, nem desanimar. São séculos de opressão e mesmo nos meios mais liberais, ainda existe muito da cultura machista arraigada, o que é um alento quando nos vemos praticando um dos itens da listinha, mesmo sem querer.

Ninguém é perfeito. Aliás, a perfeição é uma baita chatice! Mas podemos tentar dar o melhor de nós, cientes de que cada uma tem sua história, com suas glórias e dissabores, e só a gente sabe o que sofre quando colocamos a cabeça no travesseiro.

Então, minha heroína, não tema! Se você está aqui, é porque admitir já é o primeiro passo (vide manual dos Alcóolicos Anônimos). Faça da sua vida o que achar melhor e lembre-se: não existe liberdade quando começamos a buscá-la tentando nos encaixar nos padrões alheios.

Beijos, boa terça-feira.

P.S.: Ah, e eu votei na Dilma, viu!

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