sábado, 5 de março de 2011

Bota a camisinha, bota meu amor...

A doida da Gaga e seu vestido inspirado em preservativo, para fazer campanha contra a Aids.

Carnavalzão começando, aquele clima de festa no ar. Dizem que o ano útil no Brasil só começa mesmo depois da folia momesca e passada a adrenalina, o povão retoma o ritmo normal com direito ao máximo de ressaca e o mínimo de grana. Se a mais tradicional balada de reveillon prevê “muito dinheiro no bolso” em seus versos, o carnaval acaba de vez com essa poesia, porque há quem gaste a última banda só para se jogar atrás do trio sem medo de ser feliz.

Eu, atolada de trabalho acadêmico, estou me divertindo no bloco das apostilas. Massa, né? Mas é como sempre digo: o nerd de hoje é o Bill Gates de amanhã. Mais pra frente quando estiver no “Arquivo Confidencial do Faustão” relatando meus dias de dedicação ao estudo até alcançar o sucesso, você, que agora está tirando onda da minha cara nem me venha com estorinha de dar depoimento dizendo que sempre acreditou no meu potencial. Vou te desmascarar em rede nacional, viu!

Mas assumindo a parcela de responsabilidade social deste blog, quero dar um recadinho especial para a amada ala feminina. Cunhãs, divirtam-se, aproveitem que a vida é de vocês, mas não esqueçam a camisinha!

É fato que a emancipação feminina estendeu seus tentáculos ao campo da sexualidade e as mulheres que aderem às aventuras amorosas e relações casuais são muitas. Não quero nem de longe questionar os valores morais de tal postura, embora eu lamente profundamente quando percebo cunhãs deplorando-se em meio à depravação e a promiscuidade. No entanto, como disse antes quem você pega ou deixa de pegar não é da minha conta. Porém, lembre-se que toda ação gera uma reação e nossas escolhas geram consequências. Muitas vezes graves e irreversíveis. E lamentavelmente existem fatores biológicos e sociais que contribuem para o aumento da incidência da Aids entre as mulheres.

Biologicamente falando somos até 10 vezes, EU DISSE DEZ VEZES MAIS suscetíveis à contaminação durante uma relação do que um homem. Por conta da nossa constituição física, da alta concentração de vírus nos fluidos sexuais masculinos e do maior tempo de permanência em contato com essas secreções. Isso é fato, não é conversa pra boi dormir. Segundo, porque em geral os homens comandam o ato e muitos se recusam a usar preservativo, fato que acaba sendo aceito pela maioria das parceiras, principalmente quando o relacionamento torna-se fixo. O que não dá para ignorar é que, mesmo quando o envolvimento assume um caráter mais firme, é comum para homens até mesmo casados viverem aventuras fora. E o hábito de recusar proteção para não comprometer o prazer, permanece.

Estatísticas mostram que das mulheres que pegam aids 76% são mães, 71% foram contaminadas por maridos ou namorados, 59% descobrem que estão com o vírus depois que o marido adoece, 41% tem entre 25 e 35 anos e 40% trabalham. Ou seja, o caso é sério e o buraco é bem mais embaixo.

Nas relações casuais estudiosos defendem que os casais acabam sendo mais cuidadosos, justamente pelo caráter de risco. Mas num festejo como o Carnaval, embalados por bebibas e axé, o senso de juízo e cautela pode ser comprometido e a folia pode te jogar nos braços dum Zé Mané lindo, sarado e divertido. Mas quem vê cara, não vê coração. A maioria dos soropositivos permanece com o vírus por anos sem apresentar sintomas aparentes. Não dá para arriscar!

Não permita que uns minutos de folia estraguem sua vida e seus planos. Merecemos ser feliz durante toda a existência e não durante 4 dias. Não permita que um simples feriado resulte numa "falha catastrófica" (expressão apocalípstica by @luizaelleres). Então, cunhã, juízo viu! Quero te ver linda, loira e rica acessando meu blog depois do carnaval cantando outro versinho da balada reveillônica. Ou seja, com “saúde pra dar e vender”!

Xêro!

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