Oh! Dúvida cruel! |
Gente, hoje o tema é sério porque a situação assim o exige. Portanto, não esperem o costumeiro estilo cômico (leia-se: humor mórbido) adotado. A pancada agora é federal, mas não menos interessante!
Numa sociedade tão dotada de preconceitos e profundamente arraigada ao germe podre do machismo, é comum nós mulheres que confrontamos essa realidade, sermos vítimas de situação de extrema humilhação e violência psicológica.
Muitas vezes o agressor, conhecedor das contrariedades que carregamos como fêmeas que estamos TENTANDO combater os males do sexismo exarcebado, toca num ponto que sabe que vai nos ferir profundamente e rejubila-se ante a visão de nossa fraqueza e dúvida. Até porque, nessas horas, os genes femininos falam mais alto e é comum adotarmos a mais típica e equilibrada das reações: chorar!
Bom, passado aquele momento de humilhação, enxugue o rosto, retoque a maquiagem e permita-se viver o luto pela morte de mais um voto de confiança que depositou na humanidade. Você viverá dias, ou talvez semanas de depressão que acarretarão em dúvidas e incertezas sobre quem é e quem deveria ser, para evitar esse sofrimento. Como se encaixar para corresponder as expectativas dos outros e assim, sob a ótica alheia, ser digna do tratamento adequado.
A inquietação do ser humano é algo inerente à sua condição. E em situações extremas, é normal essa inquietação atingir níveis estratosféricos. Mas procure erguer a cabeça e lembrar que, mais do que se preocupar com que os outros pensam sobre você, o importante é que continue a saber quem é. Autoconhecimento e autoaceitação. Convicções que, se trabalhadas diariamente, irão conferir a força necessária para sair, não diria incólume, mas pelo menos não devastada, diante de provações desse tipo.
Há uma passagem na Bíblia que diz que deves procurar a Deus antes da tempestade. Adaptando à esse caso em específico, que trabalhe diariamente sua autoestima e autoconfiança para conseguir, como uma torre bem alicerçada, manter-se de pé diante da artilharia pesada de um canhão que atira sem aviso prévio. Você não é a única torre nessa selva de pedra, mas é especial no universo de sua individualidade, imperfeito e caótico, mas ao mesmo tempo maravilhoso e coerente.
Portanto, passada a lamentação, tome um belo porre e ligue o FODA-SE (desculpem, crianças) para o pensamento arcaico de quem ainda não conhece o quão fascinante é essa obra-prima chamada Mulher, desenhada pelos traços de um artista inquieto e paradoxal que produziu a imagem de fortaleza e fragilidade que personifica essa indecisão que nos impulsiona rumo à busca pela própria felicidade. Como diriam grandes filósofos, duvidar não é o fim, é apenas o começo do processo de aprendizado!
Beijão!
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