segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Lá vem a coroa, lá! Lá lá lá lá lá lá!

Chegou a hora de apagar a "velhinha"!

Finalmente chegou! Hoje completo 31 “primaveras”. Ok! Estão mais para outonos sombrios, mas valeu a tentativa.


Bom, pode parecer meio deprê para uma mulher passar dos 30. A partir dessa idade a força da gravidade é elevada ao cubo. Mas é evidente que a magia dessa fase compensa todas as perdas, pois a experiência e a maturidade são conquistas valiosas que tornam a mulher mais plena e confiante. Por isso jamais trocaria essas preciosas aquisições só para voltar a ter 20 anos. Ah! A quem estou querendo enganar! É claaaarroooo que eu queria voltar aos meus 20 anos, até porque toda essa “maturidade” só serve mesmo pra gente enxergar mais nitidamente o mundo cruel e as pessoas mais cruéis ainda que vivem nele. A miopia romântica da juventude torna tudo mais leve e mais fácil, não dá pra negar.


No entanto, me consola o fato de eu acreditar em reencarnação. Então voltarei a ter 20 anos outras vezes, mesmo que não seja mais sobre esse planetinha azul que provavelmente vai me expulsar depois de seu inevitável processo de regeneração. Tem nada não. Vou viajar por outras galáxias de graça, tá, meu bem. E enquanto estarei vivenciando uma experiência extraterrestre, vocês estarão pagando impostos para sustentar a NASA com bilhões de dólares, só para que ela me procure pelo espaço sideral. Algo digno de uma celebridade intergaláctica arredia e blasé! Meu sonho!

Pois é. Enquanto invento desculpas pra sustentar o orgulho da minha desolação, aproveitei para avaliar mais um ano que se passou, por sinal, muito mais rápido do que eu gostaria. E ainda vem a nariz de tomada da Daniella Albuquerque querer que o ano tenha só 361 dias. Pra ela é fácil, né. Tem a grana do maridão e o Dr. Rey ali pertinho pra deixá-la toda esticada. Bom, mas voltando ao tema da reflexão pós traumática (o trauma é o aniversário, tá, gente), confesso que essa data especial não está sendo das melhores. Mesmo deixando de lado a questão do peso da idade, que no final das contas não é tão relevante assim (mentira de novo), meu nível de melancolia está mais elevado do que o de costume. Também, pudera. Ano passado eu estava linda, serelepe e saltitante, comemorando e festejando com amigos ao som contagiante da Lady Gaga. Enquanto que meus planos para hoje incluem uma insossa sessão de fisioterapia especial que custa os olhos da cara. Tudo pra ver se consigo aplacar um pouco dessa dor pungente e constante. Mas quer saber, analisando sob outro ponto de vista, posso até dizer que estou bem mais irresistível. Porque quando levanto pela manhã, os sons que ecoam dos meus ossinhos parecem estralos que saem daqueles plásticos-bolha que exercem um inexplicável poder de atração sobre qualquer ser humano da face da Terra. Só não inventem de tentar me espremer que eu não tenho mais saúde pra isso.

Mas no geral, posso dizer que estou, se não feliz, pelo menos satisfeita. Porque tive a graça de ter sido capaz de, mesmo em momentos muito críticos, tomar decisões difíceis e dar uma guinada na minha vida. E acredito que Deus premiou minha coragem (temperada por uma dose generosa de inconsequência), porque consegui um encaminhamento mais rápido do que imaginava. Isso restabeleceu a autoconfiança, renovou as esperanças e fez acreditar que eu poderia (e sempre posso) vencer o medo e fazer coisas das quais tantas vezes me julguei incapaz. É, sem dúvida, um alento para uma fase tão delicada. E, principalmente, uma lição para os próximos momentos difíceis que certamente ainda virão.


E quer saber? No final das contas, a vida é assim mesmo. Uma hora por cima, outra por baixo (não sejam maliciosos que não estou podendo pensar nessas coisas). E compreendi que essa crise de saúde e a solidão que agora me assola e maltrata, certamente representam uma parada forçada do próprio corpo para lembrar que preciso olhar mais para dentro de mim. As distrações e alegrias fugazes já não são mais eficientes. Talvez o fossem, nos meus 20 anos. Mas agora já deu o que tinha de dar.

Não sei se nesse processo de exploração interior vou gostar do que verei (imagino que meu fígado e rins não sejam nada bonitos). No entanto, cansei de me maquiar e fingir que me entendo. Mesmo que doa, admito que o autoconhecimento é condição expressa para a autoaceitação. Uma análise nua e crua, sem favorecimentos ou condenações exageradas. Só não me perguntem o que vai sair disso. Não faço ideia de quais caminhos e decisões vou tomar. Mas ao ponto em que eles forem sendo traçados POR MIM, dividirei com vocês algumas impressões e consequências. Na medida do possível, é claro. Afinal, aprendi que é melhor amargar em silêncio as suas dores, do que sofrer com a expectativa do que foi compartilhado. Pelo menos você só espera algo de si mesma. Ponto!


Agora vou indo. Preciso comprar as lembrancinhas e alugar o vestido para debutar na sociedade. É como sempre digo: Maturidade é tudo!


Beijos da coroa enxuta!


2 comentários:

  1. Lú, vc pode ter 31, mas vamos ser realistas, corpinho de 20 né amiga... E outra coisa, te conheço a mais de 10 anos e posso garantir que vc hj está muuuuito melhor, muito mais linda, o tempo parece que pra vc passa de uma forma mais amigável...rsrsrs!! E n fique tristinha por não comemorar seus 31, a gente comemora o triplo nos 32... hehehe!!! Bjão, tudo de bom e que DEUS continue te abençoando abundantemente!!!



    Lílian Graziele

    ResponderExcluir
  2. Ah, minha amiga linda! Ouvir tantos elogios de uma moça tão deslumbrante quanto você triplica o meu envaidecimento. Obrigada! E fiquei mais feliz ainda por você me dar esperanças para a comemoração do próximo ano. Com certeza, estaremos lá!

    ResponderExcluir

Fala aí, cunhã!