Se alguém vier com essa moda anos 80 de me jogar ovo cabeça, saiba que será eternamente amaldiçoado pela minha chapinha! |
Bom-Di-AAAAA!!!!!
Meus amados leitores, vocês por acaso sabem que dia é hoje? Não. Hoje não é dia de rock, bebê. Mas é algo tão importante quanto.
Hoje, dia 22 de novembro de 2011, é o aniversário do 1º ano de vida do FEMINISTA DE ARAKE. Sim, o tempo passa, o tempo voa! E para vocês que achavam que eu estava na “peor”, afirmo com orgulho que nos últimos 365 dias muitas novidades aconteceram: novos pés de galinha andam ciscando na minha face, novas estrias abrem caminho pela minha pele (já está quase uma transamazônica), novas células adiposas estrearam no meu corpinho ao passo que as antigas já não respondem mais aos meus jejuns e privações gastronômicas. Em resumo: não sei por que cargas d’água deveria comemorar alguma coisa, mas, enfim, festeira do jeito que sou, sempre arranjo um bom motivo.
E o motivo é que, embora algumas pessoas acreditem que expor meus pensamentos tortos e emoções anormais numa página virtual (tão fria e impessoal) seja algo inútil, abjeto e desprezível, para mim, o blog adquiriu uma conotação muito significativa. Pode parecer meio clichê dizer que nesse tempo, eu mudei. Mas para dar um tom mais poético a esse “lugar comum”, vou recorrer à dialética de Heráclito, quando afirmou que “um homem não toma banho duas vezes no mesmo rio”, posto que nem ele nem o rio são mais os mesmos.
Pois é! Nem eu, nem o blog, somos os mesmos. Comparando algumas postagens, especialmente as que ficam nas extremidades (as primeiras e as últimas), fica claro que o tom, a estética e, claro, as inspirações, mudaram bastante. Às vezes me pego num estado de surpresa ao ler aquilo que eu mesma escrevi há meses atrás. E só vou entender o porquê de ter escrito assim ou assado quando rememoro os episódios que motivaram o texto. Muitos desses episódios e seus protagonistas, vocês desconhecem. Mas basta ler uma linha para que as emoções relacionadas aflorem e me deixem com a sensação de que a nossa vida é realmente uma montanha russa. De picos de alegria a poços profundos de depressão, só uma coisa foi previsível e constante: a mudança!
Em algumas de minhas releituras, pensei o quanto fui precipitada, estouvada... Outras, até firmaram alguns propósitos. Algumas, inclusive, expressam um assombroso tom profético, antecipando impressões que se tornaram fatos. Só não vou me sentir a Mãe Diná porque ao invés de acreditar que o Cosmos foi responsável por tais “presságios”, é mais fácil (e racional) presumir que minhas próprias opiniões e sentimentos inevitavelmente conduziram meus passos à determinadas situações. Nosso destino se constrói mediantes nossas atitudes. E nossas atitudes, são apenas conseqüências daquilo que pensamos! Essa máxima só não vale para estados de plena ilusão e delírio quando você se imagina agarrando o Johnny Deep. Esquece, ele nunca vai ser seu!
Mas de todos os efeitos (bons ou ruins) resultantes da decisão de criar este espaço, para mim, hoje, nada se compara ao encanto de produzir sobre as pessoas (especialmente as que me conhecem pessoalmente) as impressões e idéias mais contraditórias possíveis. Quem eu realmente sou, o que quero, se há fundo de verdade por trás de alguma ironia ou se é apenas veneno destilado na intenção de confundir. É uma imprevisibilidade que surgiu da geração espontânea, sem maiores pretensões, e nisso reside o charme da minha obra. Pelo menos pra mim, é claro!
Bom, quanto a isso, recorro mais uma vez à poesia, desta vez do cantor que gosta muito de te ver, leãozinho: “Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é...”. É o Dom de Iludir, que todos cultivamos para nossa própria sobrevivência. A Luciana do dia a dia é uma, mas a que aqui escreve, é outra. Simples assim!
E para reforçar a simbologia deste novo ciclo, nada melhor do que, paralelamente, também estar no início de uma nova fase de vida. Alguns percalços e frutos dessa e de outras experiências certamente serão divididas com vocês. E assim, topando aqui, levantando ali, iremos nos reencontrar daqui a mais um ano. Quem sabe o próximo aniversário seja menos chinfrim e role pelo menos Kissuki de uva com Maria Maluca. Por hora, perdoem meus maus modos. Vocês sabem, a coisa tá preta (por enquanto).
Feliz Aniversário, Feminista de Arake!