Aviso: É melhor não tentar me entender. Eu tentei fazer isso uma vez e fiquei doida! |
Bom dia, meus leitores fofos de todo o mundo!
Gente, que felicidade contar com a audiência de tantos países. O lado ruim é que não posso fazer piada de Português, mas tudo bem, eu sobrevivo. Quando contei para minha mãe que ultimamente as estatísticas de acesso de nações como a Rússia tem aumentando bastante, a pobrezinha ficou toda orgulhosa comentando nas calçadas que a filha era tão inteligente que sabia até “botar as coisas no computador em estrangeiro”. Claro que não destruí seus sonhos de “mãe de miss”. Afinal, desde criança a vi tecendo mil planos de fama, sucesso e poder para mim. Planos esses nada modestos: era de Fátima Bernardes pra lá! Hoje ela precisa se conformar com uma estudante de jornalismo tardia e tomada por dores lombares que a impedem até mesmo de correr atrás de marginal em gravação de programa policial de quinta categoria. E isso é porque ela nem sonha que certos “amigos” me comparam à personalidades do naipe da “Marilena Limão”, do Programa Garras da Patrulha. Aquela, que tem pena de todo mundo e vive repetindo o bordão: “Olha aí, gente, o bichinho...”. A pior parte nessa história é ter de admitir que parece mesmo.
Mas vamos deixar que mamãe permaneça na ignorância. Sinceridade demais não serve pra nada, essa foi uma lição que aprendi a duras penas. O assunto que me traz a esse espaço anormal foi a ressurreição do meu Orkut. Sim, porque eu (assim como você e como todo o resto do mundo) troquei o pobre site de relacionamentos pelo Facebook. Tipo o que a “Oi” fez com as outras operadoras de telefonia celular, quando entrou no mercado distribuindo a torto e a direito chips com ligações gratuitas durante os fins de semana. E eu, de burra, não comprei meu A40 da Xuxa e agora sou corroída pelo arrependimento eterno. O que me consola é saber que não sou a única arrependida nessa história, porque a própria operadora foi pega de calças curtas, já que venderam muito mais do que esperavam. O resultado é que os proprietários desses “chips dourados” vivem entre o inferno e o paraíso. Embora possuam nas mãos um produto que vale ouro, para eles a expressão “final de semana” tem uma conotação totalmente oposta ao que representa para nós, reles mortais: basta entrar na zero hora do sábado para pipocarem ligações de gente pedindo pra fazer conferências.
Lógico que a popularidade da empresa levou fatalmente a uma adesão em massa, afinal, quem não tem um “Oi” sofre bullying, desprezo e solidão (#foreveralone). Com o minuto custando os olhos da cara, o único jeito é apelar para os infindáveis bônus, que só servem de “Oi pra Oi”. Aliás, ultimamente nem pra isso servem, porque de tão sobrecarregada a operadora nem funciona mais. Bem feito pra nós!
Bom, depois de avacalhar com a “Oi” e instigar um processo, vou sair da zona de devaneio e voltar ao tema. Essa semana, nem sei dizer porque razão, acessei o abandonado Orkut e vi um depoimento fofo de um amigo, elogiando meu blog. Mas no recadinho um detalhe me chamou especialmente a atenção. Ele comentou que, embora gostasse muito dos textos, não conseguia associá-los à minha pessoa. Depois fiquei tentando imaginar que pessoa eu sou pra ele, mas horas de meditação só serviram pra dar um nó na minha cabecinha (que já não é tão normal assim). Então decidi apenas responder agradecendo a sua mensagem tão carinhosa e procurei esclarecer, em poucas palavras, que o blog é meu cantinho, onde TENTO escrever sem as amarras e as máscaras que a gente usa para sobreviver no dia a dia. Lógico que me conformei com a ideia de que talvez ele, assim como as outras pessoas que me conhecem, jamais compreendam isso plenamente. É o preço que se paga por estabelecer-se numa zona nada confortável, situada entre o anonimato e a exposição pública. Porque a galera que não me conhece pode ler à vontade e fazer as associações e idealizações que bem entenderem (espero que me imaginem alta, loira, magra e jovem). Mas para a turma que sabe quem eu sou, realmente devem soar meio estranhas algumas das minhas declarações. E isso já criou vários problemas dentre o círculo mais íntimo. A confusão só não foi maior porque, como já havia comentado antes, mamãe não usa Internet (Deus a conserve assim!). Mas é o preço que se paga por qualquer escolha que se faz na vida, estou conformada.
Passar por problemas de “interpretação” (sejam boas ou más) faz parte do meu show, meu amor. Principalmente quando se tem uma mente tão fervilhante, borbulhante, confusa e complexa que sua boca não consegue acompanhar o ritmo desse samba. O resultado é que, por vezes, preferi escrever longas e minuciosas cartas no intuito de esclarecer mal entendidos gerados durante uma conversa infrutífera e desastrosa, em que não consegui me expressar como pretendia. Lógico que essas cartas foram escritas para pessoas muito especiais, as quais me importava o fato de que compreendessem bem o que eu queria dizer. Mas o mais engraçado (e trágico) disso tudo é que, mesmo usando de todo o cuidado em explanar os meus sentimentos e intenções da forma mais clara e sincera possível, não raramente o que consegui foi aumentar ainda mais a confusão. De um texto de 4 páginas, a pessoa se apegava a um 1/3 de uma linha e, a partir dela, resumia de forma deturpada e incompleta toda a “sua” interpretação sobre minhas emoções visceralmente expostas num pedaço de papel.
Essas experiências me levaram a uma inevitável constatação: se for para narrar alguma coisa, que sejam “fatos”, que podem ser medidos, delineados, catalogados e friamente descritos numa página de jornal. E olhe lá, porque ainda assim existem margens para diferentes interpretações. Tentar explicar-se, entender-se já é tarefa árdua para si mesmo, imagine para terceiros. A gente mal se conhece, mal sabe o que quer, mal sabe porque age ou pensa de determinadas formas e ainda quer que os outros compreendam claramente o que queremos e o que fazemos.
Chegar a essa conclusão me fez crer que havia realmente desistido dessa mania de explicar tudo, especialmente no que diz respeito a mim. Senti-me segura e firme na resolução, julgando realmente estar liberta de tal necessidade. Mas ao escrever o último parágrafo desse texto, redigido em prosa, sem pausa para pegar fôlego, eis que percebo que estou JUSTAMENTE ME EXPLICANDO! Huahuahuahuahuahua! Tenho jeito não, né. Bom, caro amigo do Orkut, o jeito é se conformar. Uma blogueira confusa e paradoxal é o que temos pra hoje! Mas vamos combinar que um ar de “mistério” numa mulher até que pode ser bem charmoso... Fica aí martelando a cabecinha e tentando entender alguma coisa. E se descobrir, me conta, tá!
Beijos e bom feriado!
Lú, eu simplesmente adooooro o teu Blog, fico aqui me acabando de rir quando tu cita q a tua mãe graças á DEUS não é internauta...kkkkk
ResponderExcluirBjos e saiba q vc tem uma grande fã viu!!!
Lílian Graziele
Ai, amiga, que fofo! Muito obrigada pela sua audiência e pela sua paciência. E quanto à mamãe, deixemos que ela permaneça na ignorâcia sobre o que a sua filha anda fazenda na net, né? rsrsrsrsrsrsrs
ResponderExcluirBeijos, amiga, te adoro!