terça-feira, 12 de julho de 2011

Visual de Poder!


Não se enganem com as aparências. Essa mulher é uma fera!
Bom dia, povo!

Em primeiro lugar e sem entrar em maiores detalhes, quero compartilhar com os colegas o sentimento de angústia fruto de uma fase difícil que estou passando. Portanto, se alguma alma caridosa quiser fazer uma oração sincera e acender uma vela pra mim (desde que não seja de sétimo dia), tá valendo, viu!

Desabafos feitos, vamos ao post de hoje. Estava eu, semana passada assistindo ao Programa do Ratinho (não se enganem, também tenho meu lado bagaceira) quando o narigudo anunciou uma entrevista ao vivo com a Secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki. Como assim?????!!!! A chefe-mor da Senasp ia botar os pezinhos poderosos num programa conhecido pelos elevados debates sociais protagonizados pelos adversários do quadro do DNA? Aquele em que volta e meia leva a plateia ensandecida a gritar: “Porrada! Porrada!”? Pois é! Esse mesmo.

Curiosa, já fiquei grudadinha na tela esperando entrar no palco uma marrenta sisuda e topetuda enfiada num traje azul marinho de um tecido tão duro e de corte tão masculino que nem um ex-detento recém-saído de um longo cárcere seria capaz de enxergar o mínimo resquício de feminilidade. Taí, essa eu quero ver.

No entanto, qual não foi minha surpresa ao ver a figura de uma cinquentona modernérrima, com a cabeleira marcada por mechas acinzentadas, corte assimétrico e, de quebra, um tererê de cristais no meio da cabeça. Praticamente a mistura de Cruela de Vil com as versões vintage da Vampira do X-Men e da Velma do Scooby doo. Adorei!

Lógico que acompanhei toda a entrevista com atenção e aprovei o jeito esclarecedor e simples da Secretária ao explicar pontos de vista relacionados à polêmicas como a do desarmamento num país marcado pela violência e sensação de insegurança e impunidade. E não deixa de ser no mínimo interessante ver uma mulher que em nada lembra aqueles homens carrancudos que costumam ocupar essas pastas e cujas entrevistas são repletas de jargões técnicos que mais confundem do que elucidam. Mas mesmo com visual tão exótico, ela já avisou em entrevistas que não dá moleza pra ninguém. Com ela o lema é: vacilou, o cachimbo cai. Experimenta cair na besteira de chamar a mulher de perua. É Alcatraz pelo resto da vida. Perdeu, mano! A madame é O-TO-RI-DA-DE!

Mas para ir além das aparências, resolvi pesquisar um pouco mais sobre essa esfinge misteriosa. Descobri que sua indicação ao cargo (a primeira mulher a ocupar a chefia da Senasp) não provém de uma tentativa parcial da nossa Presidente de quebrar os paradigmas da sociedade patriarcal nomeando a criatura simplesmente pelo fato de ela ser mulher e ter alguma experiência no ramo. Nada disso. A madame já provou sua competência. Em 2001 ela foi Secretária da Defesa Social do município de Diadema (SP), na época em que a cidade sofria com um índice absurdo de 111 homicídios para cada 100 mil habitantes. Sete anos depois, Regina Miki reduziu essa taxa para 17 homicídios, um número abaixo da média nacional e que valeu um prêmio da ONU – Organização das Nações Unidas. Seus planos agora, à nível federal, incluem aplicar parte da experiência de sucesso obtida em Diadema, mas obviamente reconhecendo as variações e peculiaridades de um campo bem mais ostensivo: o Brasil. E não tenho dúvidas de que essa advogada corajosa irá conseguir se não reverter totalmente, mas pelo menos amenizar o quadro.

Achei muito bacana a iniciativa de Regininha (tão íntima....) em assumir seu visual e a forma predileta de se vestir. Isso quando a maioria tenta pegar o caminho inverso e contratam até consultor de estilo para enfiá-la dentro de um figurino mais “apropriado” aos seus objetivos, mesmo que isso não tenha absolutamente nada a ver com sua personalidade. E como se o fato de mudar o guarda-roupa fosse praticamente um passaporte garantido para o alcance de uma meta. Eu mesma já passei por alguns problemas por causa do meu visual. Como já havia comentado, sou adepta de um estilo periguete feminino e gosto muito de vestidos, algo que alguns reacionários (a maioria reacionáriAS) acusam de ser inapropriado para minha função. Pela vontade deles usaria aqueles conjuntinhos horrorosos de blazer e calça salmon (ou pior ainda, azul-turquesa) feitos daqueles tecidos “armadura”. Ai, odeio! Eu gosto mesmo é dos meus vestidinhos coloridos, que até já perguntaram se foram importados da África (não sei porque essa Xenofobia com nossos irmãos). Além do que acho práticos, sem falar que são muito mais decentes do que aquelas calças grudadas que mostram até os contornos da sua celulite. Não, senhor. Prefiro meus saiotinhos esvoaçantes mesmo.

Bom, eu espero que a Secretária se saia bem no cargo. Coisas assim vão contribuir muito para a mudança das expectativas sociais com as quais a maioria pressiona aqueles que preferem agir diferente. Mulher não precisa ficar toda abrutalhada para ser levada a sério. Algumas até agem assim porque é o jeito que encontram para conseguir se impôr, mas isso realmente não seria necessário se as pessoas julgassem os outros pelo caráter e atitude, e não por seu gênero ou aparência. É como aquela ideia ridícula de que mulher de verdade, guerreira e exemplar, precisa ser sofrida, carregar lata d'água na cabeça e passar fome calada. Me poupe, tá! Felicidade e autoconfiança não deveriam ser fatores condenáveis, mas sim, admiráveis. Todo mundo acha o máximo um homem seguro e bem resolvido, mas já ficam com pé atrás quando aparece uma versão feminina. Já acusam a fulana de ser dura, egoísta, mal-amada, praticamente uma vergonha para a nossa espécie “frágil e delicada”. Então, mulherada, nada de jogar pedra contra o próprio time. Engulam a despeita e vamos aplaudir e torcer pelos nossos “exemplares” que aos trancos e barrancos conseguiram se destacar. As maiores beneficiadas, certamente, seremos NÓS!

Beijocas!

P.S.: Só para deixar claro que escrever esse post fez um bem danado pra mim. Eu estava realmente precisando!

domingo, 3 de julho de 2011

Lava ou não lava?


Sonhei tanto com este momento...

Bom dia, adoráveis internautas!

Nesta manhã preguiçosa e ensolarada de domingo, resolvi dar uma passada rápida pra compartilhar com os colegas as novidades da estação.

Estou de férias da facul! E passei em todas as matérias com louvor. Inclusive adorei a oportunidade de dar um VRÁ na cara do meu amoroso maridinho, que finalmente entendeu a razão da minha insanidade por permanecer horas a fio com a cara enfiada nos livros e apostilas. Tudo para abalar nas avaliações e deixar os invejosos com cara de tacho. Afinal, depois de formada, vou disputar o mercado de trabalho com jovens mocinhas no frescor dos vinte e poucos anos. Enquanto eu, coitada, que não tinha nada a ver com o peixe, acabei “pegando” a macumba que a Juju fez pra Nicole. Sim, porque a bunda da morena tá lá, de pé, enquanto a minha já caiu faz tempo. Trágico!

Mas divertido mesmo foi o encerramento promovido por meus coleguinhas de sala mais chegados. Aqueles que, como eu, são irônicos, sarcásticos, abusados, interesseiros e com um senso de humor apurado e refinado. Pois é. Acontece que a “lei de causa e efeito” é implacável e a pose da galera não durou muito tempo. Justamente no “momento confraternização” pagamos um mico daqueles. Ou melhor: PAGAMOS, não, porque eu tirei o time de campo antes. ELES pagaram! Eu adoro esse espírito de solidariedade.

Bom, basicamente e pra sintetizar o assunto, esse povo que se diz inteligente não decorou a tabuada. E na hora de pagar a conta quase rola uma lavagenzinha de pratos básica. Eu, com minha imaginação fértil, ao saber do ocorrido já estava idealizando a paraense atracada com uma barra de sabão pavão e um pano de pratos (daqueles bem chinfrim, feito de sobra de camisa de vereador, que só espalham a água, mas não enxugam). Os mais atentos já devem ter catado a minha obsessão por essa jovem oriunda da região norte. Mas não é nada do tipo “Cisne Negro”, não, tá! É porque tenho um lema de vida: se for de constranger alguém, que seja alguém lhe dê subsídios para tal. E a garota é o sonho de consumo de qualquer praticante de bullying: imigrante ilegal, com sotaque de pneu furado, abusada e afeita a momentos de desespero que a levam a protagonizar cenas impagáveis. Como não amá-la? Impossível! Beijo, gata, me liga!

Aproveitando a folga das atividades acadêmicas, resolvi fazer um 5S no meu guarda-roupa. E vou te contar: quanta tranqueira! Estou aqui, desolada, absorvida por um sentimento torturante de culpa, porque com tanta coisa guardada, o que diabos tinha de ir comprar coisas novas quase toda semana? Antes eu tivesse investido todo esse dinheiro num tratamento psicológico que desenterrasse a raiz desse trauma que me leva a gastar compulsoriamente. Ou, quem sabe, apelasse para uma regressão para descobrir se, de repente, eu não fui a Maria Antonieta. Bom, a cabeça tá aqui, mas o juízo...

Para acabar de lascar, os festejos juninos (ou julinos, sei lá) da minha cidade já começaram. Apesar de não entender bem a montagem da programação e questionar o que tem a ver José Augusto com Luís Gonzaga, vibrei diante da oportunidade de ver aquela boquinha torta catando: “todo sábado é assim, eu me lembro de nós dois...”. Porém, um marido destruidor de sonhos frustrou meus planos e disse que me conformasse em passar a noite de sábado assistindo Zorra Total. Só de mal, fui dormir mais cedo e não assisti patavina nenhuma. Vocês me conhecem: sabem que sou firme nas minhas resoluções.

Bem, desabafos feitos, o que interessa é que, entre mortos e feridos, salvaram-se todos. E vou aproveitar esses 30 dias de inércia para recitar o mantra “COMPRAS, NUNCA MAIS!”. Quem sabe ainda dê tempo de salvar a parte do meu 13º que não foi comprometida.

Beijos e boa semana procês!