quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Sob o véu da Felicidade

A felicidade não existe pra ser escondida!
Bom dia, seres carentes da minha sabedoria!

Apesar da arrogância explícita, fruto dos exercícios de autoconfiança que venho praticando, estive preocupada enfrentando alguns problemas com a justiça. O FBI e a equipe do CSI foram até minha casa interrogar-me sobre o último parágrafo do post anterior, onde declarei abertamente a intenção de entrar ilegalmente nos Estados Unidos. Com base nos textos e no perfil da blogueira, o Grisson concluiu que eu era uma mulher bomba, perigosa ameaça potencial para a segurança da nação. A deles, é claro, porque o Brasil pode explodir que nem se importam!

Passei duas horas tentando explicar que meu desequilíbrio mental não tem nada a ver com ódio aos ianques. Mas só desistiram de me levar para Alcatraz quando assinei um termo me comprometendo a jamais por os pés em solo americano. Portanto, órgãos de imprensa interessados em me contratar, descartem a possibilidade de correspondente jornalística nos Estados Unidos.

Explicações dadas, vou adentrar no tema de hoje: a modéstia. O escritor francês Marcel Jouhandeau escreveu que a modéstia não passa de uma espécie de pudor do orgulho. E se quer saber, concordo com a afirmação.

Acredito que essas frases de efeito ou expressões usadas para “suavizar” o sucesso ou autoconfiança visam adequar nossa felicidade à opinião alheia, que geralmente nos é desfavorável. Afinal, justificamos e pedimos desculpas antes de declararmos a plena satisfação que desfrutamos diante de reconhecimentos e conquistas. Agora eu pergunto: porque isso? De que adianta esse eufemismo às avessas? Por acaso ele muda o sentimento real de deleite que transborda pelos poros?

O ser humano é tão negativista que chega a acreditar que exibir felicidade é um “mau presságio” e atrai inveja e olho gordo que atrapalham seus planos. Pura bobagem! Em termos de energia, não acredito que os opostos se atraem. Mas que uma força ruim tende a atrair outra no mesmo padrão vibratório e intensidade. Então como esperar que as coisas deem certo se o sujeito prefere chorar miséria a admitir que tudo caminha às mil maravilhas? O curioso é que o indivíduo que age assim é o mesmo que, quando envolvido em problemas, se esforça em aparentar contentamento para não dar munição aos invejosos. Ou seja, se tá bem, tem que mostrar o contrário, para não atrair infelicidade. E se tá mal, precisa fingir que está bem, senão piora. No final das contas, está sempre lascado. Vai entender!

Com as mulheres, essa culpa por sentir-se feliz é ainda mais incisiva e costumamos negar, esconder ou minimizar nosso talento, nossa vitória, nossa alegria. Dizem as más línguas que é fruto da despeita feminina, da torcida contra que as fêmeas organizam em desfavor do seu próprio time. No entanto, prefiro ser mais abrangente e acreditar que é a tendência humana em enxergar ou criar um lado negativo para as coisas. E que as mulheres, por serem culturalmente condicionadas a dar ainda mais importância à aprovação social, acabam elevando essa sensação ao crer ser essa pose de modéstia, a ideal.

Acho que ninguém precisa ser uma “sem noção” egocêntrica, em que todos os fatos, todos os assuntos e todos os indivíduos lhe concentram as atenções. É irritante, para não dizer ridículo. Mas a vida é um espelho, onde as pessoas refletem a imagem que você tem de si mesma. Se for um espelho meio distorcido, embaçado, apagado, não espere que os outros sejam capazes de enxergar a imagem nítida de uma mulher positiva e autoconfiante.

Portanto, garota, nada de ajoelhar no milho só porque se regozija pelo bem-estar. Momentos assim são raros e tem mais é que ser bem aproveitados, sem a máscara hipócrita que não acrescenta nada à vida de ninguém: nem à sua, nem à dos fiscais de plantão!

Boa quinta-feira procês!

2 comentários:

  1. Falou bonito. Na minha vida eu pratico o seguinte: sou muito sincero com o momento, entretanto não sou detalhista. Ninguém precisa saber que você tá de namorado(a) novo(a), que conseguiu uma promoção na empresa e que o tão sonhado carro do ano está na sua garagem, mas não adianta se fazer de Lascado(ótimo termo) e que tudo está uma miséria.

    O lance da energia é um ponto muito perspicaz que você citou. Os opostos raramente se atraem (essa é a minha visão), e claro que tudo que é bom, vai atrair coisas boas. O mesmo vale para o que é ruim. É impossível que uma pessoa pura de alma e de coração se sinta bem ao tomar o chá das 5h rodeada por assassinos, delinquentes e coisas do gênero. Nesse ponto de vista, a tendêcia é se retrair mais ainda!
    É como você disse, o povo tem tendência a ser egoísta e pessimista. Felicidade é algo tão bom que merece ser compartilhado. Esse post me fez lembrar do filme Patch Adams - O Amor é contagioso. Fica a dica para todos. Beijus

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  2. Jeff, arrasou no comentário! Por isso que eu amo meus leitores, são todos inteligentes e sabem ler nas entrelinhas, o que me deixa muito gratificada, pois me motiva a escrever! Brigadinha pela participação e bom final de semana.

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