sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Notícias que podem mudar a sua vida!


"Silicone da Valeska tá torto!" - O que seria da minha vida sem essa notícia?

Bom dia, povo!

Finalmente criei vergonha na lata e resolvi atualizar esse blog. Bem, na verdade, passei maus bocados nos últimos dias. Depois de insistir nos saltos altos, nas bolsas que pesam toneladas e nas noites de sono em que eu ficava na cama parecendo um caracol (toda enrolada), o meu problema crônico de coluna que antes causava algumas crises suportáveis e passageiras, evoluiu pra um troço bem mais sério. E veja bem que o verbo "evoluiu", neste contexto, não tem absolutamente nada de positivo. Gentemmmm, gosto nem de falar, foi horrível, e gerou graves consequências nos campos profissional, sentimental e, claro, contribuiu consideravelmente para o meu processo de falência. Observem, novamente, que neste contexto o verbo "contribuiu" também não tem qualquer conotação positiva.
Mas tudo tem seu lado bom, né. Primeiro, porque serviu para fortalecer os laços sagrados do matrimônio. Sim, porque quando você fica dias deitada numa cama, completamente descabelada, sem maquiagem, tomando banho de gato usando um tufo de algodão molhado e vestida num sensual fraldão geriátrico e, mesmo assim, o seu marido não inventa de sair pra comprar cigarro e não volta nunca mais, então tá provado por A mais B que esse cara é, realmente, o homem da sua vida. Ou então é um louco de pedra que tem fetiche por Pampers. Seja lá qual for o caso, tá valendo!
Segundo ponto: aproveitei para fazer laboratório jornalístico e sentir na pele (e nos músculos glúteos onde eram aplicadas singelas injeções que tentavam repetir o milagre de fazer um paralítico andar) a situação caótica em que está a saúde pública. Vi cada coisa, meu amigo, que pelo amor de Deus. Não dá nem pra culpar o médico arrogante ou a enfermeira preguiçosa... É o sistema mesmo que está todo falido e quem entra nele, acaba pegando o embalo e dançando no mesmo ritmo. Em outras palavras: doentes, salvem-se quem puder! Ou melhor: doentes, NÃO ADOEÇAM! Vocês vão se arrepender disso!
Nesse processo, que é claro, envolve muitas questões políticas e sociais, fiquei pensando no valor que tem o trabalho da imprensa. Porque imaginem se diante desse caos não houvesse nada, nem ninguém que tivesse à disposição um meio mais eficaz de propagar a realidade. Embora essa "realidade" muitas vezes assuma características sensacionalistas e seja deturpada e manipulada para parecer mais "interessante", ainda assim, é inegável que sem a liberdade de expressão, sem o diferencial da notícia, da investigação, estaríamos num Deus nos acuda! Oh! E agora? Quem poderá nos defender?
Muitas notícias não capazes de revolucionar, de mudar as nossas vidas. Essa semana, eu até separei algumas bem interessantes:

1) O silicone da Valeska tá todo deformado. Essa notícia é como um bálsamo para as mulheres que, desprovidas dessas formas mais "avantajadas", tem de suportar ver seus companheiros babando pelas popozudas que aparecem na TV. Mas aquilo ali, ai Jisuis... Tá um horror! Parece a peruca do bozo!
2) Shampoo sem sal não é melhor do que shampoo comum. Sim, depois de testar tudo quanto é de shampoos "sem sal" miraculosos que prometiam maravilhas e não conseguir melhorar os fios, achei que a culpa era mesmo do meu cabelo. Era ruim e pronto! Mas nãoooooooo.... finalmente a imprensa noticiou algo capaz de nos dar esperança. Agora eu vou lavar meu cabelo é com soro caseiro, com uma dose generosa de sal. Se shampoo com ou sem sal é tudo igual, então vou economizar uns trocados e apelar para a famosa receita caseira de soro de reidratação. Quem sabe, assim, eu tire meu cabelo da UTI. Afinal, que eu saiba, fios capilares não correm o risco de desenvolver hipertensão.

Viu só, como é importante manter-se informado! E, mais importante ainda, como é bom ter quem informe.
Desde criança eu sempre fui muito revoltada com injustiças. Detestava ver e, principalmente, ser acusada de algo que não fiz. E olhe que isso parece um carma na minha vida, porque já sofri bastante injustiça, principalmente calúnias. É uma sensação horrível de impotência. Você tem vontade de xingar, de gritar a verdade, de mostrar pra todo mundo que as coisas não foram daquele jeito. O problema é que, uma vez inoculado o veneno, é dificil de extrair. Aprendi que, na maioria das vezes, só o tempo, em seu lento processo de eliminação natural, é capaz de curar o mau. Muitas vezes isso nunca será totalmente extraído. Sempre vai deixar algum resquício.
Talvez por isso eu me indentique tanto com o jornalismo. Pena que, devido aos problemas de saúde, precisei trancar a faculdade durante esse semestre. Mas tudo bem. É uma parada estratégica. Afinal de contas, doente eu não vou poder fazer nada. Nem trabalhar, muito menos estudar.
Mas eu gosto dessa coisa de poder contar com um instrumento capaz de dar uma maior amplitude aos fatos. De ter uma ferramenta capaz de dar mais credibilidade à informação que está sendo veiculada. O que aparece na TV, no jornal, as pessoas acreditam bem mais do que uma conversa de boteco. Claro que isso é uma faca de dois gumes, que pode ser usada para o bem e para o mal. Há quem utilize essa ferramenta justamente para transformar o que é mentira em verdade, e vice-versa. Mas isso é algo que esbarra na falta de ética do ser humano. Quando alguém é assassinado, a culpa não é da arma, mas sim de quem atirou.
Enfim, a imprensa é uma benção. E lógico, vale a pena usar o bom senso na hora de acompanhar uma notícia. Mas o que seria do nosso mundo se não houvesse a denúncia, a informação, a reportagem... Tem coisa que o coitado do cidadão comum não consegue mudar, por mais que reclame, procure autoridades incompetentes, reinvidique... Ninguém dá bola pra ele! Agora é só aparecer um jornalista com uma câmera e um microfone e a coisa muda de figura. Portanto, bandidos, tremei! Quando minha coluna der uma trégua, vou continuar minha epópeia em busca do diploma de jornalista. Teimosa e faladeira do jeito que dizem que sou, vou dar muito trabalho a neguinho por aí. Só não vai dar pra correr atrás de assaltante nem escalar o monte Everest. A não ser que façam um "upgrade"na minha coluna e troquem esses discos podres por um bluray moderníssimo. Aí, meu bem, eu salto até de bungee jump.

Beijo da gorda, uôu!